terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Dilma: 'Pinheirinho é barbárie'




Em reunião fechada com representantes do comitê internacional do Fórum Social Mundial, Dilma Rousseff critica duramente ação policial contra sem teto em São Paulo. Segundo ela, governo federal negociava solução amistosa e foi surpreendido por despejo, hipótese que não tinha sido colocada concretamente. Ministra dos Direitos Humanos também condena violencia.

Porto Alegre – A presidenta Dilma Rousseff classificou de “barbárie” a operação de despejo de 1,6 mil famílias sem teto da área do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), no último domingo (22). Dilma comentou o episódio nesta quinta-feira (26) em reunião com cerca de 90 representantes do comitê internacional do Fórum Social Mundial, em um hotel na capital gaúcha.

A presidenta foi provocada a tocar no assunto pelo empresário Oded Grajew, ex-presidente do Instituto Ethos de Responsabilidade Social, segundo relato feito à reportagem por uma pessoa presente à reunião. O empresário entregou a Dilma um documento sobre direito à moradia escrito por entidades populares que atuam na área.

Em resposta, a presidenta criticou duramente o que aconteceu, embora, segundo este participante, não tenha culpado ninguém especificamente. “Pinheirinho é barbárie”, disse a presidenta de acordo com relato de um outro participante da reunião.

Segundo Dilma, o governo federal foi surpreendido, pois participava de negociações para um desfecho amigável e em nenhum momento a hipótese de despejo teria sido colocada concretamente – as outras autoridades na mesa de negociação eram de São Paulo e São José dos Campos.

A presidenta teria dito, porém, que apesar de discordar do que ocorreu, o governo federal não tem muito o que fazer, pois respeita as demais autoridades – no caso, o governo de São Paulo e a prefeitura de São José dos Campos, ambos comandados pelo PSDB, e a Justiça paulista.

Na véspera, depois de participar de uma atividade no Fórum Social Temático, a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, tinha adotado a mesma posição de Dilma. Demarcou a posição diferenciada do governo federal, mas dizendo que se deve respeitar as instituições paulistas. “Nós da área dos direitos humanos somos naturalmente a favor de soluções pactuadas”, afirmou a ministra. “O governo federal ainda está aberto a negociar.”

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

FST 2012: Assembleia dos Movimentos Sociais convoca marcha global

Fonte: www.pt.org.br



Assembléia dos Movimentos Sociais no FST 2012 (Foto: Valter Campanato/ABr)

Cerca de 1,5 mil pessoas de 30 países participaram da plenária dispostas a enfrentar dois dos grandes desafios impostos à esquerda mundial.


Em 5 de junho, Dia Internacional do Meio Ambiente, os movimentos sociais de todo o mundo vão ocupar as ruas em uma grande jornada de mobilização global contra o capitalismo e em defesa da justiça ambiental e social. A agenda foi aprovada neste sábado (28), na Assembleia dos Movimentos Sociais, realizada durante o Fórum Social Temático, em Porto Alegre.
A jornada terá o propósito de demarcar a posição dos movimentos sobre as questões ambientais e sociais que serão discutidas, 15 dias depois, na Rio + 20, pelos chefes de estado dos 192 países que participam da Organização das Nações Unidas (ONU).
“A tentativa de esverdeamento do capitalismo, acompanhada pela imposição de novos instrumentos da ‘economia verde’, é um alerta para que nós, dos movimentos sociais, reforcemos a resistência e assumamos o protagonismo na construção de verdadeiras alternativas à crise”, dizem as entidades, no documento que aprovaram no encontro.
Cerca de 1,5 mil pessoas de 30 países participaram da plenária dispostas a enfrentar dois dos grandes desafios impostos, hoje, à esquerda mundial: construir uma pauta unificada de lutas e mobilizar as populações para garantir a imposição de derrotas reais ao capital.
O primeiro, foi cumprido. Apesar das diversas propostas, os movimentos conseguiram definir eixos comuns para a luta. O segundo desafio dependerá da capacidade de mobilização em cada país.
“Temos que ser mais criativos para envolver as massas. Sem isso, não teremos força para derrotar o capitalismo nesta crise que assola os povos do mundo”, provocou um dos coordenadores da Via Campesina e do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, na abertura da plenária.
De acordo com ele, o mundo vivencia a mais grave e longa crise econômica da história, o poder decisório se desvinculou do poder político para se concentrar nas mãos do capital e a burguesia continua controlando os meios de comunicação, utilizando-os para manipular os trabalhadores, cada vez mais desmobilizados. “As massas de trabalhadores estão apáticas. E esse é um problema nosso, que temos que enfrentar”, afirmou.
Nos discursos dos representantes das entidades nacionais e internacionais, ficou evidenciado o quanto a unificação da agenda e a priorização dos eixos defendidos não é uma tarefa fácil.
O sindicalista cubano José Miguel, representante da Central de Trabalhadores de Cuba (CTC), ressaltou a necessidade de construção de alternativas e propostas dos movimentos sociais para a Cúpula dos Povos, a conferência que os movimentos sociais realizarão paralela à Rio + 20.
O secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores da Argentina (CTA), Carlos Chile Huerta, citou o processo de recessão mundial para ressaltar a importância da rearticulação do campo popular para reposicionar o poder político no continente nas mãos dos trabalhadores.
O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu, criticou a distribuição do orçamento federal. “Temos que acabar com crime de destinar quase 50% do orçamento do governo para o pagamento da dívida pública. Queremos 10% do PIB [Produto Interno Bruto] para a Educação”, afirmou.
Representando a Organização Infanto-Juvenil Sementes da Pátria, da Venezuela, o estudante Luiz Ramirez defendeu prioridade para a luta contra o imperialismo norte-americano. “A América Latina, em especial, vive um momento muito rico, com governos de esquerda, e precisa articular ações de mobilização para avançar rumo ao socialismo.”
Membro da Coordenação Internacional do Comitê Internacional Palestina Livre e líder de uma organização de boicote a Israel, Jamal Juma pediu apoio prioritário à luta histórica pela soberania do país, há 63 anos ocupado por tropas israelenses. Segundo ele, haverá uma grande mobilização mundial em 29 de novembro pela causa palestina.
O argentino Manoel Bertoldi, da Frente Popular Dario Santilhan, lembrou da importância da luta internacionalista e cobrou apoio à luta do povo hondurenho pelos direitos humanos.
Pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, o cacique Uilton Tuxá cobrou o reconhecimento das etnias como povos originários. “Não queremos ser tratados nem como selvagens e nem como mestiços”, afirmou.
Representando a Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde, Maria Valéria Costa Correa retomou a defesa dos princípios da reforma sanitária, que propõe saúde pública e universal. “Precisamos defender o maior sistema público de saúde do mundo, que é o brasileiro”, disse ela.
O líder sindical tunisiano Alaa Talbi dividiu com os presentes a experiência que vivenciou durante a Primavera Árabe e destacou a importância da democratização dos demais países árabes, com o fim da corrupção, a garantia de emprego e direitos sociais e emancipação da mulher.
Representando a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rosane Bertotti explicou que o documento final lista bandeiras comuns aos movimentos, como a defesa do desenvolvimento sustentável e solidário, da reforma agrária, da agricultura familiar, do trabalho decente, da luta pela educação e pela saúde.
“Rejeitamos a forma como o capitalismo se reinventa na proposta de uma economia verde. Entendemos que, para mudar a realidade, não é só pintar de verde, é garantir direitos, liberdade de organização, democracia, proteção social”, disse.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Reunião mensal da Micro São Roque.



Em 28/01/2012 aconteceu mais uma reunião de nossa Microrregião de São Roque em seu D.M. , onde contamos com a presença dos nossos 3 pré-candidatos as prefeituras das cidades de nossa Micro, o Prof. Eduardo ( vereador pelo PT Ibiúna), o José Pereira ( pré-candidato pelo PT Araçariguama), e o companheiro Eliam Bianchi "Chumbinho" (pré-candidato a prefeito de São Roque.)
Estiveram presentes discutindo o desenvolvimento das campanhas Municipais em nossa Microrregião companheiros e membros representantes da cidade de Alumínio, Araçariguama, Ibiúna e São Roque.
Reunião muito produtiva em relação aos rumos do PT nas próximas eleições onde foram 
discutidos os assuntos de como está o processo pré-eleitoral nos municípios e qual o posicionamento que a microrregião irá tomar quanto a ajuda aos DMs no processo eleitoral.
Mostrando qual a importância de nossa microrregião estruturada ajudando na aproximação e troca de experiências entre os municípios.
Araçariguama, Ibiúna e São Roque apresentaram um quadro eleitoral favorável e muito promissor a candidatura dos companheiros que irão concorrer ao executivo de suas cidades.
Ficou definido também que a partir de março nossa micro irá realizar a formação e orientação dos nossos pré-candidatos as vereanças municipais, para que possamos desenvolver um PT ainda mais coeso e determinado aos reais princípios defendidos em nossas diretrizes.

Juntos mudamos o Brasil, por isso acreditamos que:


"Juntos Somos Fortes"





























sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Pós-neoliberalismo não pode ser pós-democracia, diz Dilma


Fonte : www.cartamaior.com.br


Em discurso no Fórum Social Temático, Dilma Rousseff usa crise europeia para atacar escalada contra direitos sociais patrocinada pelo 'mercado' e vê risco à democracia. Brasil e América Latina dariam exemplo oposto, com 'esforço do povo e seus governos'. Presidenta também defende Palestina na ONU e mundo multipolar, diante de ampla platéia favorável.

Porto Alegre – A presidenta Dilma Rousseff participou nesta quinta-feira (26) de um ato público no Fórum Social Temático com um discurso crítico ao neoliberalismo e à ameaça que a derrocada dele representa para a democracia. Ao mesmo tempo, Dilma exaltou a alternativa política construída na última década no Brasil e em países latino-americanos, hoje em situação mais confortável em meio à crise global.

Para atacar o neoliberalismo, grande inimigo da militância e dos criadores do Fórum Social, Dilma aproveitou o que se vê hoje em países europeus com problemas de dívida e recorreu à memória do que foram os anos 90 no Brasil e na América Latina. 

Segundo Dilma, “receitas fracassadas estão sendo novamente propostas na Europa”. Lá, o “mercado”, que foi responsável pela crise, tenta arrumar uma solução para si (receber o pagamento da dívida de que é credor) à custa do interesse popular, propondo e conseguindo emplacar soluções como redução de direitos sociais e trabalhistas.

O resultado desta aplicação concentrada de neoliberalismo será a estagnação, algo que não ajuda a dar às pessoas esperança de um futuro próximo melhor. Para Dilma, desemprego e desigualdade social são “particularmente cruéis” em nações ricas, pois suprimem direitos já existentes, ou seja, as pessoas conhecem o gosto do que estão lhe tirando. 

“O mundo do pós-neoliberalismo não pode ser o mundo da pós-democracia”, afirmou a presidenta, mencionado “xenofobia e autoritarismo” como efeitos deletérios deste “pós-neoliberalismo”. “A dissonância entre a voz do mercado e a voz das ruas parece aumentar cada vez mais nos países desenvolvidos, colocando em risco não apenas conquistas sociais, mas a própria democracia.” 

Brasil e América Latina estariam dando exemplo oposto, na avaliação de Dilma, desde a chegada ao poder de políticos e partidos identificados com o espírito do Fórum Social. Enquanto na Europa a “chaga social” do desemprego, da desigualdade e da pobreza cresce e a economia patina, nos países latino-americanos é o contrário. 

Segundo a presidenta, a região foi capaz de mostrar que “um outro mundo é possível”, como diz o slogan do Fórum Social, construindo “alternativas progressistas e democráticas” contra “preconceitos político-ideológicos” que prevaleceram nos anos 80 e 90 e “inflingiram” um “modelo conservador”. “Nossos países hoje não sacrificam suas soberanias a pressões de potências e grupos financeiros ou agências de classificação de risco.”

Dilma fez questão de enfatizar que a construção do modelo alternativo é fruto de escolhas que estão postas, e não obra do acaso. Ou seja, há deciões políticas por trás. “O lugar que o Brasil hoje ocupa no mundo não é consequência de nenhum milagre econômico, como acontecia no passado”, disse ela, em referência às elevadas taxas de crescimento durante a ditadura militar. “É resultado do esforço do povo brasileiro e de seu governo, que souberam lutar. O Brasil hoje é um outro país”, completou a presidenta, num dos momentos em que foi mais aplaudida.

O ginásio Gigantinho, em que ocorreu o ato, recebeu cerca de 5 mil pessoas, segundo a polícia. Em sua grande maioria, simpáticas à presidenta, embora houvesse um grupo visualmente bem minoritário algo hostil à presidenta, a reclamar do novo Código Florestal em votação no Congresso e do caso Pinheirinho. 

O ginásio estava tomado por faixas de PT, PMDB, PSB e PCdoB, partidos que esão no governo, e de entidades com inclinação governista, como as centrais sindicais CUT, CTB e CGTB. O grupo mais crítico a Dilma tinha um cartaz assinado pelo PSOL.

No discurso, Dilma voltou a defender o reconhecimento da Palestina pelas Nações Unidas, como já tinha feito na abertura da Assembléia Geral da ONU em setembro do ano passado. Disse que os BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – lutam por uma “nova ordem mundial, multipolar”, em que o poder está mais dividido. Afirmou que o governo continuará apostando nas relações Sul-Sul, ou seja, com países mais pobres.

E não deixou de mencionar o padrinho e mentor, o ex-presidente Lula, que, segundo ela, foi o responsável por começar a fazer o Brasil a “desatar o grande nó” da exclusão social.

Dilma encerrou o discurso com frases bem escolhidas para impactar o público que a ouvia. Segundo ela, não são só as ações que movem o mundo, mas também a esperança, daí a importância de espaços como o Fórum Social, nascido exatamente de uma esperança – barrar o neoliberalismo tão criticado pela presidenta. “Foi a esperança que moveu a minha geração. Valeu à pena, disse Dilma. “Eu tenho certeza de que um outro mundo é possível.”

Leia Mais:

Grupos minoritários protestam contra Dilma no Fórum Social

Dilma acha que 'um outro mundo é possível' também na Rio+20
Dilma: 'Pinheirinho é barbárie'

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

#StopSOPA: hipóteses sobre a luta pela internet livre




Por Antonio Martins

Protestos virtuais desta semana têm muito em comum com “indignados” ou “Occupy”. Por que alcançaram uma vitória parcial tão rápida?
Na noite de quarta-feira (18/1), quando alguns dos sites de maior audiência no planeta ainda exibiam os símbolos da campanha contra as leis de censura em debate nos EUA, surgiram os primeiros sinais claros de vitória. Diversos parlamentares, de ambos os partidos, que apoiavam os projetos denominados SOPA [1] (na Câmara de Representantes) e PIPA [2] (no Senado), anunciaram (no Twitter ou Facebook…) que estavam revendo suas posições. No Senado, a mudança de clima teve sabor de um gol nos últimos suspiros do segundo tempo. Há poucas semanas, o Comitê Judiciário (semelhante à Comissão de Constituição e Justiça no Brasil), havia aprovado a PIPA – por unanimidade e sem nenhuma controvérsia. A votação final começaria na semana que vem. Está suspensa. Mesmo os principais defensores do projeto agora se dizem favoráveis a “decidir sem pressa”.
Não foi, evidentemente, um resultado definitivo. Há mais de uma década, a internet está na mira de grandes corporações que não aceitam o compartilhamento livre de bens culturais – porque ganham dinheiro vendendo o que poderia ser de todos. Mesmo a SOPA e a PIPA não morreram: estão “esperando nas sombras”, como alerta a Wikipedia, em nota divulgada quinta-feira para celebrar e agradecer a mobilização dos internautas contra as leis.
Um sinal de que a disputa será longa e bruta deu-se já na quinta-feira. Uma mega-operação conjunta do Departamento de Justiça dos EUA e do FBI fechou, sob acusação de pirataria, o site MegaUpload. Era um espaço muito popular para troca de conteúdo digital entre internautas (72ª maior audiência da internet, segundo o comparador Alexa). Seu bloqueio deu-se com base em legislação já existente. Teve dimensão internacional: quatro pessoas estão presas na Nova Zelândia, por “crimes” (operar os servidores do site) que podem resultar em 55 anos de prisão. Foi consequência de uma ação movida contra o MegaUpload pelos cartéis da indústria cultural – que tiveram seu prêmio de consolação… [3]
Pelo menos dois grandes motivos convidam a examinar em profundidade a grande jornada de quarta-feira e seu resultado. Há muito em jogo: SOPA e PIPA poderão desencadear, se aprovadas, uma onda de proibições e limites capaz de desfigurar o que o sociólogo Manuel Castells  como a “cultura de liberdade” na internet.
Além disso, há laços muito fortes entre a resistência às duas leis e as causas que sensibilizam osindignados, os participantes do Occupy, os manifestantes da Praça Tahrir ou os que resistem à militarização da Luz, em São Paulo.
> Em todos estes casos, quem luta são multidões (principalmente jovens) e não uma classe ou grupo social específico. Prevalece a autonomia: as campanhas são organizadas diretamente pelos envolvidos, sem que seja necessária a intermediação de grupos políticos ligados às dinâmicas da representação.
> Deseja-se para impedir que o poder econômico capture o comum: riquezas (às vezes imateriais), direitos e bens como a internet livre, os serviços públicos, a possibilidade de encontrar uma ocupação ou almejar uma aposentadoria dignas. Mesmo na Tunísia e Egito, onde a luta assumiu forte conteúdo anti-ditatorial, ela foi deflagrada pelo desemprego e alta do preço dos alimentos, após medidas de “ajuste fiscal”.
> Denuncia-se o declínio da democracia (ou, no mundo árabe, sua ausência). Enfrentam-se decisões que atingem gravemente a sociedade, mas são tomadas sem nenhuma consulta a ela, de forma opaca, por“exigência” da oligarquia financeira.
> Propõem-se, ainda de forma embrionária e tateante, novas formas de organizar a vida social. Os laboratórios podem ser as praças (onde se reorganizam os serviços de alimentação, autoeducação, saúde, limpeza e segurança) ou a internet, grande praça global. Os valores que orientam esta busca têm forte caráter pós-capitalista: compartilhamento, cooperação, solidariedade, desierarquização, democracia direta, busca de consensos. Não se trata de disputar o comando das sociedades industriais, como fazia o socialismo dos séculos passados; mas de realizar a transição para sociedades articuladas segundo outras lógicas. Não são projetos oníricos, mas concretos e às vezes pragmáticos. A multidão  organiza internet, em grande medida, segundo princípios de compartilhamento. Ao criar “serviços públicos alternativos” nas praças ocupadas do Egito, Espanha, Grécia ou Israel, os jovens sinalizavam que querem construir o novoagora, com suas mãos.
Em meio a tantas semelhanças, o protesto virtual desta semana distingue-se de todos os demais em algo essencial. Ele foi capaz de alcançar uma vitória. Concreta e muito relevante – ainda que parcial e provisória. Estudar as razões desta diferença, buscar o que separa uma mobilização bem-sucedida de outras que ainda amadurecem, é um exercício necessário e sedutor. Desde já, vale adiantar quatro hipóteses, complementares entre si.
A primeira, e mais óbvia, diz respeito às pretensões absurdas da SOPA/PIPA, em suas versões iniciais. Entre muitos outros pontos, as leis incluem uma forma de controle da internet (bloqueio ou desvio de DNS) idêntica à pratica na China, Irã ou Síria. Ferem o direito internacional: são extraterritoriais – ou seja, atingem cidadãos e empresas não submetidos às leis norte-americanas.
Estabelecem penas inteiramente desproporcionais, como prisão para os “culpados” de troca de arquivos. Permitem que os cartéis da indústria cultural façam justiça com as próprias mãos (dispensa-se ordem judicial para medidas como tirar um site do ar). Quem tramou semelhantes bizarrices confiou cedo demais no esvaziamento da democracia tradicional.
Mas as demais hipóteses são as mais fascinantes, porque dizem respeito ao debate sobre estratégias, necessário também nos movimentos que reivindicam autonomia. Tudo indica que o #StopSOPA alcançou sua vitória parcial porque: a) definiu muito claramente um foco, um objetivo concreto a ser alcançado. Foi além das fórmulas ambiciosas porém genéricas demais, e portanto inócuas, do tipo no nos representan; b) apoiou-se no tecido pós-capitalista da internet – muito mais desenvolvido que nas demais relações sociais. A rede está povoada por iniciativas contra-hegemônicas de enorme alcance. A Wikipedia e o WordPress, por exemplo, servem centenas de milhões de pessoas todos os dias e articulam comunidades de milhões. É uma rede; c) explorou contradições no campo do capital. Nos protestos de quarta-feira, chamou enorme atenção a adesão do Google, cuja página de entrada exibiu uma tarja negra sobre seu próprio logotipo e a mensagem: “Diga ao Congresso: por favor, não censure a Web” – que remetia a um excelente texto (in)formativo. Que Parlamento ousará adotar uma posição antipopular tendo um adversário como estes?
Como se armou este conjunto de condições muito particulares? Será possível construir, em lutas futuras, cenários igualmente favoráveis? É o que tentaremos examinar, em textos futuros desta série.

[1] Stop Online Piracy Act, ou Lei contra a Pirataria Online.
[3] Como a ação contra o MegaUpload foi movida pelos cartéis da indústria cultural, o coletivo Anonymous lançou, nesta sexta, uma ofensiva que derrubou, por algumas horas, os sites do cartel fonográfico (a RIAA), da Universal Music e do próprio Departamento de Justiça.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

PT comemora 32 anos de luta em defesa do povo brasileiro


Fonte: www.pt.org.br 

Ato comemorativo será no dia 10 de fevereiro, no encerramento do Encontro Nacional de Prefeitos/as e Deputados/as Estaduais.


O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores realiza no dia 10 de fevereiro, em Brasília, ato comemorativo dos seus 32 anos de fundação. A festividade ocorrerá durante o encerramento do Encontro Nacional de Prefeitos/as e Deputados/as Estaduais do PT. O evento, que será realizado no Centro de Eventos Brasil 21 (Plano Piloto), contará com a participação de dirigentes, militantes, ministros, parlamentares, prefeitos, lideranças sindicais e populares, além de representantes dos movimentos sociais e de partidos aliados.
Na comemoração do 32º aniversário de fundação, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, reafirma a posição do PT na defesa intransigente do povo brasileiro.
“Nestes 32 anos, o PT ajudou o Brasil a passar por grandes transformações, desde a luta pelo fim da ditadura, passando pelas Diretas Já, e contribuindo para a organização dos trabalhadores através da criação e construção da CUT. Depois, com a eleição de Lula e de Dilma, que fizeram com que o Brasil entrasse em um novo ciclo de transformação social e econômica. Podemos destacar os programas sociais que tiraram milhões de famílias da miséria, a geração de emprego e renda e a nova política para o salário mínimo, entre tantos avanços que ajudam o Brasil a ser hoje reconhecido e respeitado no cenário internacional”.
Rui Falcão também conclama os petistas a comemorarem a data com mobilização e alegria. “Por tudo isso, é importante celebrar essa história de 32 anos de lutas. Conclamamos toda a militância a realizar atos pelo país inteiro e os nossos parlamentares a usarem as tribunas para fazerem pronunciamentos em homenagem ao Partido, mobilizando assim a sociedade brasileira para que esse processo de transformação tenha continuidade na vida social e política do nosso País”, enfatiza o presidente do PT.
Durante as comemorações dos 32 anos de história, o PT também irá comemorar o Centenário de Apolônio de Carvalho, ativista histórico que assinou a primeira ficha de filiação ao Partido em 1980.
(Matéria atualizada às 17 horas de 24/01/2012)

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

PRÉVIAS 2011: 15 cidades já definiram seus candidatos através das prévias



O PT já conta com 15 pré-candidatos para a disputa de prefeituras em São Paulo nas Eleições 2012 definidos por meio de prévias.
Por Portal Linha Direta
Quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
No domingo, dia 18, mais três cidades definiram seus candidatos: em Suzano quem concorrerá à prefeitura é Valdicir Stuani, que venceu Célia Bortoletto no segundo turno das prévias; em Marília, Carlos Rodrigues da Silva Filho recebeu mais votos dos filiados petistas do que Ticiano Tófoli; e em Caçapava, Ana Paula venceu Paulo Roitberg.

Confira como foram as prévias nas cidades:

Santa Isabel - A pré-candidata Fábia foi escolhida por 48 dos 86 petistas que compareceram ao Diretório Estadual do PT em Santa Isabel, no domingo (11), como representante do partido para as próximas eleições. Os também pré-candidatos Josué e Paulinho receberam, respectivamente, 35 e um voto.

Lucélia - Beto Lopes venceu a prévia na cidade de Lucélia com 66 votos contra os 41 obtidos por José Roberto Nascimento, que antes mesmo da apuração se colocou à disposição do partido caso não fosse o escolhido e demonstrou apoio ao candidato vencedor.

Porto Ferreira os petistas votantes optaram pelo pré-candidato Dr. Saldanha Leivas Cougo na votação realizada no dia 11 de dezembro.

São Paulo - Com o consenso entre os quatro pré-candidatos, que retiraram em apoio ao ministro da Educação, Fernando Haddad, ele será o candidato do PT para retomar a administração da capital no ano que vem.

Suzano - 
Parcial do primeiro turno: No dia 3 de dezembro, a secretária de Saúde Célia Bortoletto recebeu 883 votos e o secretário de Promoção da Cidadania e Inclusão Social Valdicir Stuani, outros 700. Os vereadores Vanderli Ferreira Dourado, o Derli do PT, e Luiz Carlos Geraldo, o Professor Luizinho, obtiveram respectivamente 614 e 592 votos. Foram contabilizados 2789 votos válidos.
Segundo turno: Valdicir Stuani venceu Célia Bortoletto por 1.700 votos contra 1.175.

Sete Barras - Houve uma das votações mais equilibradas do final de semana. Os pré-candidatos Adelmo, Cláudio Garrafão e José Eduardo Ribeiro retiraram a pré-candidatura em benefício de Alexandre, que recebeu 32 dos 65 votos válidos, ainda assim a vitória foi de Milton Ribeiro, por um voto de diferença.

Poá - O PT será representado pelo Dr. Ali Sami El Kadri nas eleições municipais do próximo ano. A diferença para o segundo pré-candidato, Rosenil Barros Orfão foi de 117 votos - sendo 347 para Ali e 230 para Rosenil, além de sete brancos e três nulos. O Diretório Municipal informou que 587 filiados votantes participaram da decisão - cerca de 56,5% dos votantes.

Indaiatuba - Em Indaiatuba, 118 petistas decidiram por Alexandre Peres como representante do Diretório Municipal no próximo pleito. O pré-candidato teve 63 votos, contra 55 de Jânio Ribeiro, que ai final da apuração já se colocou á disposição do Partido e declarou total apoio ao candidato escolhido pela maioria.

Sorocaba - Em Sorocaba, a ex-deputada Iara Bernardi será a candidata do PT na disputa à Prefeitura em 2012. Bernardi obteve 63,34% dos votos, o que corresponde a 273. Paulo Eustáquio recebeu 158 votos. A eleição interna do PT de Sorocaba, realizada num clima tranquilo, teve o comparecimento de 434 petistas e contabilizou apenas dois votos nulos e um branco.

Piracicaba - Em Piracicaba, o Diretório Municipal do PT será representado nas eleições 2012 pelo ex-deputado estadual Roberto Felício. Eleito na tarde deste domingo (27), Felício obteve 155 votos (65,58%). Paulo Kageyama, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), recebeu 71 votos (31,42%). 

Compareceram à sede da Associação dos Aposentados de Piracicaba 229 filiados/as. A votação ainda teve um voto branco e outros dois nulos. 

Campo Limpo Paulista - O PT de Campo Limpo Paulista também definiu no domingo (27), em seu processo de prévia, que o candidato à eleição para prefeito do município será o Dr. Japim. A disputa foi bem equilibrada. De um total de 215 filiados que compareceram às urnas, 111 votaram favoravelmente ao Dr. Japim e 104 em Joaquim César da Silva (Tcheco). No 

Marília- Carlos Rodrigues da Silva Filho recebeu 68 dos 122 votos. O vice-prefeito e presidente do Daem (Departamento de Água e Esgoto de Marília), Ticiano Tófoli, foi o segundo colocado, com 54 votos.

CaçapavaAna Paula venceu Paulo Roitberg.

Quadro de cidades que realizarão prévias no estado de SP e petistas que concorrem a pré-candidatura: 

Datas a serem confirmadas - Macro Guarulhos
DM de Arujá - o médico José Luis, o advogado Márcio, e o assistente social Rodrigo.
Macro Sorocaba - DM Iperó 

Resultado das prévias realizadas em novembro:
DM Paulínia - Dixon Ronan Carvalho
DM Caraguatatuba - Rodolfo Fernandes
DM Valinhos - Alexandre Luis Tonetti
DM Campo Limpo Paulista - Dr. Japim
DM Piracicaba – Dr. Roberto Felício
DM Sorocaba – Iara Bernardi

Em dezembro: 
DM Santa Isabel - Fábia
DM Lucélia - Beto Lopes
DM Porto Ferreira - Saldanha Leivas Cougo
DM Poá - Ali Sami El Kadri
DM Indaiatuba - Alexandre Peres
DM Sete Barras – Milton Ribeiro
DM Marília- Carlos Rodrigues Silva
DM Suzano- Valdicir Stuani
DM Caçapava- Ana Paula

Resolução do PT Nacional sobre as prévias
Clique aqui para ver o documento.

Resolução do PT Estadual sobre as Prévias 
O processo de prévia será sempre acompanhado por um membro da Comissão Executiva Estadual e os materiais (listas e cédulas) são encaminhados pelo Diretório Nacional.

Conforme resolução da Comissão Executiva Nacional (CEN), aprovada em outubro deste ano, sobre o processo de resolução de candidaturas para as eleições 2012, cada município, onde o Partido está organizado em diretórios, tem autonomia para estabelecer o seu calendário pela Comissão Executiva Municipal (CEM), observadas as regras estatutárias, particularmente os artigos constantes dos Títulos IV e V do Estatuto do PT, bem como as demais disposições desta Resolução. 

Nos municípios com menos de mil filiados aptos a votar não será necessária a realização de eleição de delegados/as para os encontros, sendo considerados todos que se filiaram ao Partido até um ano antes do respectivo Encontro. 

Nos municípios que realizarem eleição de delegados para o Encontro de Definição da Tática Eleitoral, os delegados para o Encontro de Definição de Candidaturas serão os mesmos eleitos para o primeiro. 

Já nas cidades que realizarem Prévia para definição da candidatura a Prefeito/a, a eleição de delegados/as ao Encontro deverá ser realizada em conjunto com a Prévia. 

O número de delegados a serem eleitos para o Encontro Municipal será definido pelo Diretório Municipal, não podendo ser inferior a cinco vezes o número de membros da instância municipal.

Dentre as regras que organizam o processo e sofreram alterações no Estatuto do PT pelo 4º Congresso Nacional, estão: 
- A CEM somente examinará pedido de inscrição de pré-candidatura a Prefeito/a se estiver acompanhado do apoio subscrito de, no mínimo, 10% (dez por cento) do número de votantes no PED 2009 ou PEDEX 2011 no município;
- O Diretório Municipal poderá, excepcionalmente, com votos de 2/3 de seus membros, deliberar pela não realização de prévias. Neste caso, a escolha do/a candidato/a ocorrerá no Encontro de Delegados/as, com votação em urna;
- Quando o Diretório Municipal deliberar pela não realização de prévia conforme previsto na resolução, o pedido de inscrição de pré-candidatura a Prefeito/a deverá estar acompanhado do apoio subscrito de, no mínimo, 10% dos delegados ao Encontro Municipal;
- As chapas de delegados deverão ser preordenadas, sendo eleitos, de acordo com a proporcionalidade dos votos recebidos, os primeiros nomes na ordem apresentada. Os demais componentes da chapa passam a ser suplentes, também na ordem apresentada pela chapa. As substituições de delegados também deverão obedecer a ordem da chapa;
- As chapas de delegados/as deverão apresentar paridade de gênero na sua composição, bem como as delegações eleitas.

Veja as datas-limite e intervalos mínimos do calendário eleitoral completo:
- Proposta de apoio a candidato/a de outro partido
- Decisão do DM sobre realização de Prévia – 7 dias antes do prazo limite para inscrição de chapas

2 de abril de 2012
Inscrição de Chapas – 14 dias antes da eleição de delegados/as

22 de abril de 2012
- Eleição de Delegados – 7 dias antes do Encontro de Definição de Tática Eleitoral

29 de abril de 2012
- Encontro de Definição de Tática Eleitoral - 28 dias depois de definido o apoio a candidato de outro partido

30 de abril de 2012
- Inscrição de pré-candidatos/as a Prefeito/a – cinco dias úteis no mínimo

20 de maio de 2012
- Prévia Eleitoral – 14 dias depois de expirado o prazo de inscrição de pré-candidatos/as a Prefeito/a

3 de junho de 2012
- 2º turno de Prévia Eleitoral – deve ocorrer em no máximo 14 dias depois do primeiro turno

10 de junho de 2012
- Encontro para homologação de candidatos/as – até 20 dias após o 2º turno da prévia

10 a 30 de junho de 2012
Convenção Oficial para apresentar as candidaturas homologadas
Municípios com mais de mil filiados que não realizaram Encontro de Definição de Tática ou a Prévia 

13 de maio de 2012
- Inscrição de chapas - 14 dias antes da eleição de delegados/as. Prazo mínimo de cinco dias úteis.

27 de maio de 2012
- Eleição de delegados/as – 14 dias antes do Encontro para homologação de candidaturas

A resolução da CEN traz também a prorrogação do prazo para a realização do Processo de Eleição Direta (PED) Extraordinário 2011 até 20 de dezembro deste ano. Porém, nas cidades onde a militância não organizar o Diretório Municipal não poderá participar da eleição municipal de 2012.

PT reúne prefeitos e deputados estaduais para iniciar mobilização rumo às eleições de 2012



Fonte: www.pt.org.br

Como parte da mobilização para a disputa eleitoral em 2012, o Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores realiza no dia 10 de fevereiro, em Brasília, o Encontro Nacional de Prefeitos/as e Deputados/as Estaduais do PT.


A organização e coordenação do evento estão sob a responsabilidade da Secretaria Nacional de Assuntos Institucionais (SNAI) que tem à frente o deputado federal licenciado Geraldo Magela, atual secretário de Habitação do Governo do Distrito Federal.
Magela ressalta o objetivo principal do grande encontro. “O que nós queremos nesse dia é refletir e traçar as orientações para as eleições municipais. Daqui sairá a linha que os nossos candidatos vão adotar na próxima disputa eleitoral”. De acordo com a programação preparada pela SNAI, pela manhã ocorrerá a realização de mesas regionais que debaterão experiências do Modo Petista de Governar, além do encontro de deputados/as estaduais do Partido. Já na parte da tarde será realizada uma grande plenária sobre as eleições 2012, quando serão discutidas as estratégias do PT para a disputa eleitoral.
O secretário destaca também a importância das eleições municipais deste ano para o PT: “além de estarmos disputando o poder municipal, onde as pessoas vivem, nós também precisamos criar as bases de sustentação do nosso projeto nacional. Nós estamos no terceiro mandato de um grande projeto de transformação nacional. Essa transformação tem que se dar no plano nacional, nos estados e principalmente nos municípios. O fato do PT crescer nas eleições municipais ajuda na sustentação do nosso projeto nacional”.
Os cerca de 550 prefeitos/as e os 146 deputados/as estaduais petistas que vierem ao Encontro também vão participar das comemorações do 32º aniversário do PT, comemorado no mesmo dia. “Queremos com isso marcar para o Brasil a importância de 2012 para o nosso partido. Vamos ter um ato de comemoração do aniversário do PT no mesmo dia, ao final da tarde - início da noite – com a presença da presidenta Dilma. Esperamos contar também com a presença do ex-presidente Lula” – informa Magela.
Serviço:
Encontro Nacional de Prefeitos/as e Deputados/as Estaduais do PT
Dia 10 de fevereiro, com abertura a partir das 9 horas
Centro de Eventos Brasil 21 – Brasília – DF
Mais informações: Secretaria Nacional de Assuntos Institucionais do PT, pelo telefones (61) 3213-1314/1348/1406 e email: snai@pt.org.br