terça-feira, 18 de setembro de 2012

Fogo Amigo . Tucano ataca Tucano. O outro lado é desespero.





A um mês das eleições municipais, o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), criticou o ritmo da expansão do transporte sobre trilhos no Estado num artigo que causou desconforto no Palácio dos Bandeirantes e entre aliados do governador Geraldo Alckmin.

Publicado na Folha ontem, o texto afirma que "São Paulo está no atraso em matéria de trilhos", em comparação com outras metrópoles.No artigo, o vice-governador diz que a malha da CPTM (Companhia de Trens Metropolitanos) está "dependente de modernização" e que a do Metrô "é insuficiente para atender à demanda".

"Existe um grande esforço por mais investimento, mas há uma disparidade entre os dois sistemas", diz. "Isso mostra descompasso no planejamento e execução do transporte público."

Aliados de Alckmin consideraram o momento inoportuno para a crítica, já que transporte é tema da eleição na capital -o PT chegou a usar o termo "apagão" para falar do setor.Houve ainda um incômodo porque o PSDB, partido de Alckmin e de José Serra, que disputa a prefeitura este ano e já foi governador, comanda o Estado desde 1995.

Tucanos interpretaram que as críticas enquadram as sucessivas gestões do PSDB, e voltaram a questionar a parceria com Afif e o prefeito Gilberto Kassab, de quem o vice-governador é aliado.Afif é responsável pela implementação de PPPs (Parcerias Público-Privadas) no governo e vem defendendo a adoção do modelo para acelerar a expansão dos trilhos.

No artigo, ele cita a presidente Dilma Rousseff (PT) que anunciou 10 mil km de ferrovias feitas pela iniciativa privada. "Essa é a chave para o desenvolvimento paulista".



Comissão do PT esteve reunida nesta segunda-feira (17)



A Comissão Executiva Nacional do PT, reunida no dia 17 de setembro, avaliou a conjuntura internacional e nacional, em especial a situação eleitoral, aprovando ao final a seguinte nota:

1.O PT apóia as medidas adotadas pela presidenta Dilma e pelo governo brasileiro, em defesa da economia popular e dos interesses nacionais. Estas medidas –entre as quais se destaca a redução da taxa de juros e das tarifas de energia elétrica— já se demonstraram essenciais para proteger o Brasil dos impactos da crise internacional, que continua se agravando.

2.A vitória do PT nas eleições municipais de 2012 deve ser vista nesta mesma perspectiva: trata-se de fortalecer nosso projeto nacional, de um Brasil soberano, politicamente democrático e socialmente justo.

3.Tendo isto em vista, a Comissão Executiva Nacional do PT convoca a militância petista, nossos filiados e filiadas, nossos simpatizantes e eleitores, nossos parlamentares e governantes, para uma batalha do tamanho do Brasil: em cada cidade, pequena, média ou grande, trata-se de obter grandes votações, elegendo vereadores e vereadoras, prefeitos e prefeitas. E fazendo a defesa de nosso Partido, do ex Presidente Lula, de nossos mandatos e lideranças, bem como do legado dos nossos governos, que melhoraram as condições de vida e fortaleceram a dignidade do povo brasileiro.

4.A mobilização geral de nossa força militante é a condição fundamental para nosso sucesso nos dias 7 e 28 de outubro. Pois é a militância consciente quem desfaz as mentiras, demarca o campo, afirma nosso projeto, reúne nossas bases e alianças, construindo vitórias não apenas eleitorais mas também políticas.

5.Em cada bairro, em cada escola, em cada empresa, em cada movimento social, nas redes sociais, a militância petista - com nossa estrela e bandeiras - está chamada a mais uma vez cumprir seu papel histórico, de arquiteta e alicerce das grandes mudanças no Brasil.


São Paulo, 17 de setembro de 2012
Comissão Executiva Nacional do PT

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Dilma desfez ilusão tucana





A entrada de Fernando Henrique Cardoso na campanha de José Serra merece algumas observações imediatas. Todo mundo achou natural e justo que o ex-presidente se apresentasse no palanque eletrônico, com linguagem dura e finalidade eleitoral precisa. Ninguém falou em aparelhismo, dedaço, interferência indevida.


FHC resolveu ajudar Serra quando o candidato do PSDB corre o risco de cair fora do segundo turno. É o último navio do PSDB, a cidade de São Paulo, que corre o risco de naufragar. A possibilidade de uma derrota - para quem quer que seja - ameaça transformar Sào Paulo num pesadelo tucano, muito mais do que pesadelo petista, como anunciaram tantos sábios de plantão quando Lula decidiu entrar na campanha.

Fernando Henrique foi para o palanque numa hora em que Serra procura vários atalhos para parar de cair. Um deles, é falar mal do bilhete único mensal de Haddad sem mostrar o rosto - apenas uma assinatura, no canto da TV, num anuncio de um personagem sem-cabeça. Há publicitários que adoram esse tipo de coisa. Mas Hillary Clinton abusou tanto desse truque, nas primárias de 2008, que ajudou os aliados de Obama a questionar sua lealdade, também.

(Outra coisa é que Haddad precisa, urgentemente, explicar melhor como essa ideia, comum em vários países de transporte publico decente, poderá funcionar em São Paulo).

A entrada de FHC na campanha marca um novo desenho no convívio entre o ex-presidente, Dilma e Lula.

A carta de Dilma Rousseff a FHC, quando ele fez 80 anos, foi mais do que um parabéns e um gesto de amizade. Para o Planalto, foi um gesto educado e respeitoso.

Para os adversários do governo, trouxe a esperança de afastar Dilma de Lula e colocá-la mais perto da oposição.

Numa situação em que nem o mais anunciado dos candidatos, Aécio Neves, se mostra com ânimo para ir a luta, e a fome presidencial de José Serra não anima nem os aliados próximos, a cooptação de Dilma parecia uma cogitação remota, indizível, mas interessante.

Se a coisa evoluísse, seria possível voltar ao Planalto sem fazer força. Interessante, não?

Repare como os elogios a Dilma, a seu “pragmatismo”, a “faxina ética”, a sua “maturidade” e assim por diante se tornaram mais frequentes depois que ela falou bem de FHC naquela mensagem. Quando ela subiu nas pesquisas, os analistas passaram a ressaltar seus méritos próprios – inegáveis – deixando de lado a herança decisiva do antecessor.

Na origem dessa imensa boa vontade, encontrava-se a ideia (para vários colunistas isso se transformou em certeza absoluta desde que Dilma foi escolhida para disputar a eleição ) de que ela poderia romper com Lula, sendo recebida de braços abertos pela oposição ao dobrar a primeira esquina.

Essa esperança foi reforçada pelos termos – considerados elogiosos demais dentro do PT – que Dilma empregou na carta.

Mas a realidade, cedo ou tarde, costuma falar mais altos do que as ilusões.

Impossibilitado de tentar levantar Serra e, ao mesmo tempo, retribuir a hipocrisia de seu aniversário, FHC decidiu bater duro em Lula. Também foi a TV, onde falou do mensalão petista, certo de que terá a boa vontade alheia para não ser lembrado do mensalão tucano, que incluiu a mesma turminha de Marcos Valério e até o dinheirinho fácil do Visanet, tão celebrado pelos ministros do Supremo nos dias de hoje.

Acabou ouvindo uma resposta no mesmo tom.

A oposição já estava dizendo que Dilma ficaria de fora da campanha em São Paulo. A presidente apareceu ontem na campanha de Haddad. Marta Suplicy também está no palanque. Não faria isso sem apoio de Dilma.

As coisas da política ficam claras outra vez. É bom para todo mundo, especialmente para o eleitor

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Petistas rebatem críticas e dizem que sucesso dos governo Lula e Dilma incomodam FHC


FONTE: www.pt.org.br


Deputados do PT lamentaram as "intrigas" do ex-presidente tucano publicadas em artigo na imprensa



Deputados da bancada do PT na Câmara revezaram-se na Tribuna nesta terça-feira (4) para criticar artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), publicado no último final de semana, no qual ele afirma que a presidenta Dilma Rousseff recebeu uma herança pesada do Governo Lula. Os petistas lamentam a tentativa de “intrigas” e analisam que o sucesso dos dois governos que o sucederam incomoda FHC. 
“Nós podemos deduzir dois fatos importantes: um deles é que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deve estar preocupadíssimo com a situação do seu candidato nas eleições de São Paulo, o Serra (José Serra), que está caindo como uma jaca podre. O segundo é que ele não consegue dormir direito, preocupado, porque o Governo do Presidente Lula foi melhor e o da Presidenta Dilma também está sendo muito, mas muito melhor, do que os seus dois mandatos somados”, disse o deputado Sibá Machado (PT-AC).
Para o deputado Emiliano José (PT-BA), há uma operação fadada ao fracasso no País, a que se destina a separar o presidente Lula da presidenta Dilma. “Esta é uma operação que tem unido a velha mídia, que se acredita a encarnação da oposição política, e a oposição política propriamente dita”, disse. Para o deputado Emiliano, essa operação tenta ignorar o fato de que o mandato da presidenta Dilma é o terceiro de um mesmo projeto político, projeto preferido do povo brasileiro desde 2002.
Para Emiliano, o artigo de Fernando Henrique Cardoso, “para além dos componentes freudianos, de seu impressionante mal-estar diante do sucesso do governo Lula e do não menos impressionante fracasso de sua administração à frente do País, pretendia não só atacar Lula como, ao mesmo tempo, tentar demonstrar que Dilma vinha tentando consertar os erros de seu antecessor. Deu com os burros nágua ”, resumiu.
O deputado Amauri Teixeira (PT-BA) lembrou que “Lula foi que recebeu uma herança maldita de Fernando Henrique, o apagão, o desemprego, o salário mínimo e a população com baixo poder aquisitivo”, disse.
O deputado Fernando Ferro (PT-PE) também criticou o artigo e parabenizou a Presidenta Dilma “pela maneira lúcida, inteligente e refinada” com que rebateu as acusações de Fernando Henrique Cardoso contra o Presidente Lula. “Espero que o sociólogo Fernando Henrique Cardoso faça melhor uso do seu tempo na política, para não ficar promovendo intrigas e tentando criar clima de desavença no Governo”, disse.
Nota
Na segunda-feira (3) a presidenta Dilma Rousseff respondeu com veemência o artigo de FHC. Em nota oficial, ela diz: “Recebi do ex-presidente Lula uma herança bendita. Não recebi um país sob intervenção do FMI ou sob a ameaça de apagão”.
Dilma resume no texto alguns dos feitos que considera conquistas deixadas por Lula, como “um Brasil mais respeitado lá fora”, “uma economia sólida”, entre outros pontos. “O ex-presidente Lula é um exemplo de estadista”, diz a nota. “Não reconhecer os avanços que o país obteve nos últimos dez anos é uma tentativa menor de reescrever a história”, concluiu a presidenta.
PT na Câmara