terça-feira, 4 de outubro de 2011

Alckmin [PSDB] quer apoio de Maluf, homem que desviou + de R$ 1 bi, para as eleições de 2012

Saiu em maio na Folha:


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para atrair o PP nas eleições de 2012, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu entregar a presidência da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) a um economista indicado pelo deputado Paulo Maluf, cardeal da sigla em São Paulo.
Antonio Carlos do Amaral Filho deve tomar posse no dia 1º de junho. A aprovação de seu nome selou acordo que estava sendo costurado entre Alckmin e Maluf, como o próprio jornal já havia divulgado na última segunda-feira, na coluna Painel.
Segundo a Folha, além de fortalecer o PSDB para disputar o pleito do ano que vem, Alckmin quer “asfixiar” o PSD, novo partido do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que concorrerá sem tempo de TV e, portanto, dependerá de coligações.
De quebra, a costura de Maluf com Alckmin acentuou a crise interna no PP, já que o ex-deputado Celso Russomano, que foi candidato a governador em 2010, já declarou-se pré-candidato a prefeito em 2012.
E semana passada:
Ação diz que família Maluf teria enviado mais de US$ 1 bi ao exterior
O inquérito que investiga supostos crimes que teriam sido cometidos pelo deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) e por seus familiares envolve mais de US$ 1 bilhão que teriam sido desviados para o exterior. A constatação desse valor foi feita há pouco pelo ministro Ricardo Lewandowski, relator de inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal). A Corte julga se aceita a abertura de ação contra o deputado.
“Nessa ação, o prejuízo ao erário chega a quase US$ 1 bilhão”, disse Lewandowski. “A família Maluf movimentou no exterior quantia superior a US$ 900 milhões. Esse valor é superior ao PIB de alguns países como Guiné-Bissau, Granada, Comores, Dominica e São Tomé e Príncipe”, continuou o ministro.
Lewandowski negou a tese apresentada pela defesa de Maluf de que, quando ele era prefeito, entre 1993 e 1996, ainda não havia legislação de lavagem de dinheiro e, portanto, ele não poderia ser processado por isso.
A Lei de Lavagem só foi aprovada em 1998. Mas, para o ministro, “a lavagem de capitais configura crime de natureza permanente”. “Enquanto os bens continuarem escondidos a consumação do delito permanece”, disse.
O relator afirmou ainda que foram encontrados recursos de Maluf e de seus familiares em diversos países. “Os indícios apontam para US$ 200 milhões apenas em Jersey. Estima-se que só na Suíça a família Maluf movimentou nada menos do que US$ 446 milhões. Na Inglaterra, há indícios de movimentação de US$ 145 milhões nas contas da família Maluf.”
Outro fator que chamou a atenção do ministro na ação foi a presença de mais de uma dezena de empresas off shore no processo.
Após Lewandowski concluir seu voto, os demais ministros do STF devem se manifestar a respeito das acusações. Eles podem arquivar o caso ou determinar a abertura de ação contra Maluf.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, defendeu a abertura de ação penal contra Maluf para apurar crimes de formação de quadrilha e de remessa de dinheiro para o exterior.
Segundo Gurgel, apenas a construção da avenida Águas Espraiadas, em São Paulo, teve “o custo absurdo” de R$ 796 milhões ou US$ 600 milhões. “Essa obra foi uma das primeiras fontes utilizadas na lavagem de dinheiro”, continuou o procurador-geral.
Gurgel ressaltou que Maluf e os outros denunciados associaram-se, desde 93, quando ele assumiu a Prefeitura de São Paulo, “de forma estável e permanente com o propósito de cometer crimes de lavagem de ativos”. Além do deputado, são investigados seus parentes, como seu filho Flávio e sua mulher, Sílvia.

Nota do Blog: Diga-me com quem andas e te direi quem és

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