Fonte: www.zedirceu.com.br
Publicado em 03-Out-2011
(artigo publicado no jornal O Tempo, em 01 de outubro de 2011)
As grandes cidades brasileiras têm urgência em solucionar os entraves de mobilidade, e a única saída é investir pesado em transporte público de massa e de qualidade. Não há como tratar desse tema sem pensar no metrô, que tem São Paulo como referência, pela sua dimensão e histórico de problemas de trânsito.
Infelizmente, a situação do metrô de São Paulo revela como não se deve fazer política de transporte público. Há mais de duas décadas, os tucanos estão à frente do governo estadual e conseguiram transformar o metrô, meio de transporte considerado moderno quando inaugurado, em mais um fracasso do PSDB.
Com a extensão do horário de funcionamento de uma linha recém-aberta, duas estações superlotaram, provocando transtornos, aglomerações e, claro, atrasos. Certamente, esse não é um modelo a ser seguido, porque é fruto de anos seguidos de falta de investimentos em transporte público.
Aliás, a falta de investimentos em infraestrutura permeou os oito anos de PSDB na Presidência da República, algo que só começou a ser resolvido no governo Lula. Esse entrave ao desenvolvimento das grandes cidades integra também as preocupações do governo Dilma, que leva adiante os investimentos no metrô em capitais, como parte das obras de mobilidade urbana do PAC.
O transporte público, como ocorreu em outras áreas, torna-se mais relevante para o governo federal, embora seja de responsabilidade primeira dos governos estaduais e municípios - metrô e ônibus, respectivamente. Essa "federalização" da responsabilidade aponta para a necessidade de os diferentes níveis da administração pública agirem juntos.
Na verdade, esse processo seria diferente se os governos estaduais tivessem investido pesado em metrô. Em São Paulo, a situação se agrava porque o governo do PSDB é de continuidade desde 1995, e a prioridade foi para o transporte rodoviário. Ou seja, impera nas gestões tucanas a falta de planejamento para resolver problemas estruturais.
Quando o metrô começou a circular, em 1974, São Paulo tinha 6 milhões de habitantes. Foram 37 anos de gestões que não corresponderam às expectativas de haver, hoje, uma malha extensa e eficiente. Ocorreu o inverso: poucas linhas e estações, parcos 74,3 km e, como consequência, um serviço de qualidade cada vez pior. Ademais, o ritmo de expansão é inadequado - calculam-se 2 km/ano de expansão, quando o mínimo seria ter 300 km de metrô já em 2011.
São Paulo deve servir de exemplo a cidades, como Belo Horizonte, que ainda não têm os problemas de trânsito da capital paulista. Um exemplo de que o transporte público deve ser prioridade de um governo comprometido com o interesse da sociedade.
Se não houver pressão por uma mudança de concepção na política tucana de transportes, com planejamento estruturado e execução célere de uma rede de metrô, os mineiros correm o risco de seguir o mesmo caminho que os paulistas. Não é isso que queremos.
Infelizmente, a situação do metrô de São Paulo revela como não se deve fazer política de transporte público. Há mais de duas décadas, os tucanos estão à frente do governo estadual e conseguiram transformar o metrô, meio de transporte considerado moderno quando inaugurado, em mais um fracasso do PSDB.
Com a extensão do horário de funcionamento de uma linha recém-aberta, duas estações superlotaram, provocando transtornos, aglomerações e, claro, atrasos. Certamente, esse não é um modelo a ser seguido, porque é fruto de anos seguidos de falta de investimentos em transporte público.
Aliás, a falta de investimentos em infraestrutura permeou os oito anos de PSDB na Presidência da República, algo que só começou a ser resolvido no governo Lula. Esse entrave ao desenvolvimento das grandes cidades integra também as preocupações do governo Dilma, que leva adiante os investimentos no metrô em capitais, como parte das obras de mobilidade urbana do PAC.
O transporte público, como ocorreu em outras áreas, torna-se mais relevante para o governo federal, embora seja de responsabilidade primeira dos governos estaduais e municípios - metrô e ônibus, respectivamente. Essa "federalização" da responsabilidade aponta para a necessidade de os diferentes níveis da administração pública agirem juntos.
Na verdade, esse processo seria diferente se os governos estaduais tivessem investido pesado em metrô. Em São Paulo, a situação se agrava porque o governo do PSDB é de continuidade desde 1995, e a prioridade foi para o transporte rodoviário. Ou seja, impera nas gestões tucanas a falta de planejamento para resolver problemas estruturais.
Quando o metrô começou a circular, em 1974, São Paulo tinha 6 milhões de habitantes. Foram 37 anos de gestões que não corresponderam às expectativas de haver, hoje, uma malha extensa e eficiente. Ocorreu o inverso: poucas linhas e estações, parcos 74,3 km e, como consequência, um serviço de qualidade cada vez pior. Ademais, o ritmo de expansão é inadequado - calculam-se 2 km/ano de expansão, quando o mínimo seria ter 300 km de metrô já em 2011.
São Paulo deve servir de exemplo a cidades, como Belo Horizonte, que ainda não têm os problemas de trânsito da capital paulista. Um exemplo de que o transporte público deve ser prioridade de um governo comprometido com o interesse da sociedade.
Se não houver pressão por uma mudança de concepção na política tucana de transportes, com planejamento estruturado e execução célere de uma rede de metrô, os mineiros correm o risco de seguir o mesmo caminho que os paulistas. Não é isso que queremos.
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