Por Bia Pardi
Quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Mais uma nota vermelha para o governo do PSDB. Embora seja a terceira vez em que se vê obrigado a convocar professores que não obtiveram notas suficientes nos cursos que hoje compõem etapa do concurso público para ingresso na rede, o governo demonstrou, de novo, sua incapacidade de tomar decisões que superem o problema extremamente grave da falta de professores . E opta pelo mais fácil, ignorando suas decisões anteriores de só colocar na rede os bens aprovados.
É bem verdade que algumas medidas foram tomadas (claro que com muita briga do professorado), como a realização de concurso público e redução da quarentena, período em que o professor temporário deveria ficar fora da escola. Mas, também a bem da verdade, essas ações constituem muita mais remendos grosseiros que não atingem a raiz do problema: professores mal pagos, com jornadas estafantes, ignorados em suas demandas e ainda mal tratados como se fossem os responsáveis pela péssima situação do ensino no Estado.
Assim, o governo, mesmo quando busca saídas, erra o caminho. Essas circunstâncias são consequência de uma política educacional excludente que não privilegia o aluno, autoritária que não discute nem debate com a categoria os problemas e soluções e que faz da educação um instrumento contra a formação cidadã de nossa juventude, produzindo gerações perdidas para o conhecimento.
É evidente que a formação do docente é item indispensável no compromisso com a qualidade de ensino. É evidente que ninguém pode ser contrário à existência de cursos para a formação dos professores. É evidente que provas e títulos demonstram o grau de conhecimento do docente. Mas também deveria ser evidente para o governo que não é possível fazer desse processo um ato punitivo, oneroso e pesado, acusatório das precariedades de nossos professores, ocasionadas, isto sim, pela ausência de políticas de formação continua, preferencialmente em Universidades Públicas e não em faculdades de fundo de quintal sem nenhuma garantia de qualidade.
Assim, o problema permanece e, a cada ano, acontece o retrocesso, comprometendo negativamente ainda mais o ensino em nosso Estado.
*Bia Pardi é assessora de Educação da Liderança da Bancada do PT
É bem verdade que algumas medidas foram tomadas (claro que com muita briga do professorado), como a realização de concurso público e redução da quarentena, período em que o professor temporário deveria ficar fora da escola. Mas, também a bem da verdade, essas ações constituem muita mais remendos grosseiros que não atingem a raiz do problema: professores mal pagos, com jornadas estafantes, ignorados em suas demandas e ainda mal tratados como se fossem os responsáveis pela péssima situação do ensino no Estado.
Assim, o governo, mesmo quando busca saídas, erra o caminho. Essas circunstâncias são consequência de uma política educacional excludente que não privilegia o aluno, autoritária que não discute nem debate com a categoria os problemas e soluções e que faz da educação um instrumento contra a formação cidadã de nossa juventude, produzindo gerações perdidas para o conhecimento.
É evidente que a formação do docente é item indispensável no compromisso com a qualidade de ensino. É evidente que ninguém pode ser contrário à existência de cursos para a formação dos professores. É evidente que provas e títulos demonstram o grau de conhecimento do docente. Mas também deveria ser evidente para o governo que não é possível fazer desse processo um ato punitivo, oneroso e pesado, acusatório das precariedades de nossos professores, ocasionadas, isto sim, pela ausência de políticas de formação continua, preferencialmente em Universidades Públicas e não em faculdades de fundo de quintal sem nenhuma garantia de qualidade.
Assim, o problema permanece e, a cada ano, acontece o retrocesso, comprometendo negativamente ainda mais o ensino em nosso Estado.
*Bia Pardi é assessora de Educação da Liderança da Bancada do PT
Nenhum comentário:
Postar um comentário