quarta-feira, 21 de março de 2012

Longa distância entre a teoria e a prática tucanas



Essa é boa. Diz a imprensa que o PSDB, agora, aposta na força de seu núcleo sindical para se contrapor a parte das bases do Partido dos Trabalhadores. Antonio de Souza Ramalho, secretário nacional tucano de Política Sindical e membro da Executiva estadual, informa que no dia 27 de abril haverá o 1º Congresso do núcleo. Ele conta reunir de 2,5 mil lideranças, entre sindicalistas, políticos e candidatos nessas eleições. Em pauta, uma suposta “nova fase do PSDB".

A mídia frisa que o tal núcleo sindical do PSDB já estaria estabelecido em 27 Estados. Contaria, ainda, com coordenadores em cinco regiões. "Queremos mostrar que o PSDB não é um partido de elite. Nossa legenda atua de forma a defender os interesses dos trabalhadores”, garante Ramalho.

Será? Afinal, não basta ter secretaria sindical e uma agenda de reinvindicações e bandeiras históricas dos trabalhadores. É preciso governar segundo os interesses desses mesmos trabalhadores. E isso não acontece nos dois principais estados do país - Minas Gerais e São Paulo - onde o PSDB, direta ou indiretamente, está no comando há 10 e 30 anos respectivamente (estou contando como gestões do PSDB em São Paulo todos aqueles, a partir do conduzido por Franco Montoro, eleito em 1982, quando ele e outros tucanos de alta plumagem ainda estavam no PMDB).

Demissões em massa, descaso com funcionalismo...

Este é um bom exemplo da distância entre a teoria e a prática tucana. Sem nem falar dos oito anos do tucanato governando o Brasil: anos de desemprego e demissões em massa, fruto das privatizações, descaso pelo funcionalismo público e arrocho salarial. Não houve, naquele período, nenhuma conquista importante para as centrais e o movimento sindical. Pelo contrário. A era dos tucanos à frente a presidência da República foi marcada por perdas de direitos, duramente conquistados.

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