quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A lama começa a aparecer


O desmando do governo tucano na Assembleia Legislativa de São Paulo é posto em xeque
Por: Raoni Scandiuzzi
Publicado em 18/11/2011
A lama começa a aparecer
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) tem 94 deputados, 3.000 funcionários e orçamento anual de R$ 660 milhões. Desfruta da conveniência da imprensa comercial – que costuma se indignar com denúncias de Brasília e blindar o governo paulista. A maioria dos parlamentares submete-se em silêncio ao comando do Palácio dos Bandeirantes, onde, desde 1995, a morada do chefe do Executivo é também um ninho tucano. Em troca de investimentos e apoios aos seus interesses eleitorais, deputados da base aliada mantêm o governador do estado livre de qualquer dor de cabeça.
A responsabilidade da Alesp não é pequena. Lá se discute e aprova o Orçamento do estado – R$ 140 bilhões em 2011 – e se deve fiscalizar sua correta aplicação. É onde são tratadas leis importantes para a sociedade, desde uma que poderia proibir a venda de porcarias de alto teor calórico em cantinas de escolas públicas até outras que autorizaram o governo a vender o patrimônio estratégico – como do setor elétrico, do Banespa e da Nossa Caixa, a concessão de estradas e ferrovias. É lá também que a transparência da gestão pública deveria ser garantida, porém é onde o governo sabe que denúncias e pedidos de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) serão varridos para baixo do tapete.
O domínio do Executivo na Casa combina as indicações a cargos públicos, o compartilhamento do poder regional e a administração da liberação de recursos provenientes das emendas parlamentares ao Orçamento do estado. A maioria governista, por sua vez, joga o jogo quase sempre sem ser incomodada pela imprensa, de modo que a agenda da Alesp pouco repercute na opinião pública. Quantas vezes você leu, ouviu ou viu notícias de que os deputados paulistas investigaram uma suspeita de superfaturamento em contratos do Metrô ou de abusos da Polícia Militar – seja na forma violenta como age na USP, seja como persegue pobres na periferia ou reprime movimentos sociais?
Falhas no gerenciamento dos partidos da base, porém, levaram alguns parlamentares do PTB – aliado dos tucanos no plano estadual desde sempre – a se incomodar com o governo Geraldo Alckmin. Em consequência do desprestígio e da redução de recursos repassados à Secretaria do Esporte, comandada pelos petebistas, o maior cacique do partido, Campos Machado (PTB), vinha em uma intensa investida contra o governo, cobrando constantemente mais atenção às questões levantadas pelo partido.

Balaio de repasses

 Roque Barbiere: “Entre 25% e 30% dos deputados da Alesp vendem emendas” (foto: Alesp)
Essas faíscas no relacionamento causaram descontentamento, até que o deputado Roque Barbiere (PTB), em seu sexto mandato, aborreceu-se e chutou o balde. Disse ter ficado “de saco cheio” com tantas irregularidades permeando o submundo da Alesp e, em uma entrevista ao site do jornal Folha da Região, de Araçatuba, em meados de setembro, criticou o funcionamento do sistema de emendas parlamentares. Afirmou que de 25% a 30% dos deputados “vendem” a cota de emendas a que têm direito todos os anos em troca de abocanhar parte dos recursos liberados. E assegurou, sem revelar nomes, que o governo Alckmin foi alertado sobre o fato.
O secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, deputado licenciado Bruno Covas, confirmou a existência do esquema em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, na qual chegou a citar o caso de um prefeito que ofereceu 10% de uma emenda no valor de R$ 50 mil, que garantiu não ter aceitado. Semanas depois, Covas foi convidado a dar explicações sobre o caso ao Conselho de Ética da Alesp. Mas não apareceu. Apenas enviou carta em que afirma que seu relato ao jornal seria uma situação hipotética e didática, usada em palestras, encontros e conversas “para afastar qualquer tentativa de abordagem inadequada”. No Ministério Público do Estado, o promotor Carlos Cardoso decidiu abrir inquérito para apurar o escândalo. Para ele, não pareceu ser apenas um exemplo didático.
No dia em que Bruno Covas deveria ter comparecido ao Conselho de Ética, um levantamento divulgado em seu site indicava que, somente em 2010, ano eleitoral, seu gabinete havia conseguido o repasse de R$ 9,5 milhões em emendas solicitadas para diversos municípios paulistas. O valor excede em quase cinco vezes o limite permitido a cada parlamentar – R$ 2 milhões anuais. Covas, o deputado estadual mais votado em outubro, com 239.150 votos, foi também o relator do Orçamento geral do estado para 2011. Procurado, não falou com a reportagem. Desde a entrevista, não traz explicações sobre o assunto. Por meio de sua assessoria, justificou que o levantamento trouxe emendas de anos anteriores, pagas somente em 2010, e outras obras eram pedidos do governo, e não dele. E que deseja evitar o uso político do episódio.
Bruno Covas confirmou esquema em entrevista (foto: Agência Câmara)
Em 12 de outubro, o governo se responsabilizou por divulgar todos os recursos oriundos de emendas no site da Secretaria da Fazenda. A relação foi publicada em 4 de novembro. Nela, o presidente da Alesp, deputado Barros Munhoz (PSDB), aparece como campeão de indicações, respondendo pelo empenho de R$ 5,6 milhões somente no ano passado. Segundo o mesmo documento, Bruno Covas tem R$ 2,2 milhões em emendas. No entanto, um breve cruzamento de dados basta para demonstrar que essa lista oficial não é confiável. O próprio site do deputado licenciado informara um montante quase cinco vezes maior. Outro exemplo: tanto sua página eletrônica como a da Prefeitura de Sales divulgam uma emenda no valor de R$ 100 mil para a construção da Praça Floriano Tarsitano na cidade. Na relação distribuída pelo governo o recurso nem aparece.
O deputado Major Olímpio (PDT) também atesta falhas no documento oficial. Em 2009, ele propôs uma emenda no valor de R$ 210 mil para a compra de equipamentos para a Santa Casa de Presidente Venceslau. Na última hora, o recurso foi vetado, devolvido ao Tesouro estadual e mais tarde apropriado por indicação do deputado Mauro Bragato (PSDB), destinando a verba para a mesma unidade de saúde, agora a pretexto de pagamento do 13º salário dos funcionários. Na relação do governo, porém, o recurso ainda aparece como aquele indicado por Olímpio.

Emendas e indicações

Para explicar os exageros cometidos através das conhecidas emendas, o governo do estado utilizou outra terminologia para classificar a verba. O secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, assegurou que “emenda parlamentar não existe em São Paulo, até agora é indicação”. Ele se mostrou confiante no rigor do estado em não permitir que o limite seja extrapolado. “Essas liberações são feitas com o maior critério, às vezes dá a impressão de que o estado não tem controle de nada, a sociedade não controla. Controla, sim”, defendeu o secretário.
Beraldo foi desmentido alguns dias depois pelo líder do governo tucano na Assembleia e colega de partido, deputado Samuel Moreira (PSDB): “Não tinha diferenciação entre emendas e indicações, na verdade realmente se misturavam dentro do governo, porque não eram separadas antecipadamente no Orçamento”, contou. E afirmou, ainda, que o limite nunca deteve os deputados. “As indicações eram feitas lá no governo, às vezes se misturam porque o deputado, no decorrer do mandato, acaba fazendo outras indicações.”
Para o líder do PT na Assembleia Legislativa, Enio Tatto, a falta de organização do governo tem motivo. “É ‘bom’ ser desorganizado nesses momentos. Essa confusão de indicação e de emenda, que no fundo são a mesma coisa, é uma mercadoria de barganha para a hora de negociar projetos e evitar fiscalizações”, descreveu o líder do PT.
Até o início das denúncias, todas as emendas ou indicações de parlamentares eram mantidas em sigilo pelo estado. Após o escândalo, o governo se comprometeu, no dia 12 de outubro, a dar publicidade a todos os recursos empenhados desde 2007. Quase um mês depois a relação foi divulgada, mas traz irregularidades e esconde fatos. A oposição acredita que a demora na divulgação foi para que o governo tivesse tempo de omitir dados para diminuir a exposição de aliados.

‘Siamo tutti buona genti’

Presidente do Conselho de Ética, Helio Nishimoto (PSDB) e Campos Machado (PTB)
O esquema de venda de emendas ativou o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa paulista, que passou a se reunir em setembro em torno do escândalo. O assunto, porém, foi sufocado pelos integrantes da base aliada de Alckmin. Dos 18 requerimentos apresentados pelos deputados da oposição, somente três foram aprovados, 11 foram rejeitados e outros quatro nem chegaram a ser votados, graças à manobra do petebista Campos Machado para encerrar precocemente os trabalhos do conselho, no dia 27 de outubro.
Campos Machado protagonizou a operação abafa chefiada por Alckmin, corroborada pelo presidente do conselho, Hélio Nishimoto (PSDB), e executada pelos demais governistas no órgão. Machado propôs que fossem encerradas quaisquer investigações pela Assembleia – inclusive a possível instalação de uma CPI para aprofundar a apuração – e que fosse encaminhado um relatório final ao Ministério Público, para que este conduzisse eventual investigação.
O tal relatório, apresentado sete dias depois, não continha informação relevante, pois não houve nenhuma apuração por parte do Conselho de Ética, que não contou sequer com a presença dos convidados a colaborar com o processo. Para o deputado João Paulo Rillo (PT), suplente no conselho, o documento apresentado pelo relator, José Bittencourt (PSD), “sai do nada e caminha cinicamente a lugar nenhum”. Rillo acusou a base de Alckmin de transformar qualquer possibilidade de apuração em pizza. “Para mim e para a população, o resumo do Conselho de Ética seria a seguinte frase, que vou proferir em italiano: siamo tutti buona genti, siamo tutti ladrone. É a dor que cada um tem de ter, pois é como se comporta nesta casa.”
O deputado Luiz Claudio Marcolino (PT), um dos dois membros da oposição a integrar o Conselho de Ética – completado por outros sete situacionistas –, afirmou que o encerramento precoce dos trabalhos agrava um quadro de falta de transparência. “Se tivesse compromisso com a transparência, o governador Alckmin teria liberado seus secretários para comparecer ao conselho e disponibilizado as informações requeridas para os esclarecimentos.” Marcolino ressaltou que uma CPI permitiria apurar melhor e encaminhar mais informações ao Ministério Público. “Não podemos aceitar que o conselho não cumpra com uma de suas funções, que é dar satisfação à sociedade, uma vez que a denúncia atinge todos os deputados.”
Momentos antes de a base de Alckmin sepultar o assunto, afirmações do deputado Major Olímpio mantiveram a lama em evidência e acrescentaram capítulos ao escândalo. O pedetista mencionou seu colega de bancada Rogério Nogueira como um beneficiário do sistema de emendas. E apontou, ainda, uma personagem, presidente do Centro Cultural Educacional Santa Tereza, do bairro paulistano de Campo Grande, que poderia testemunhar vários casos de assédio por parte de parlamentares, com a oferta de recursos para sua ONG, na forma de emendas, em troca de comissões (leia quadro na página 12).
No mesmo dia em que o conselho encerrou os trabalhos, cerca de 500 manifestantes foram à Assembleia para pressionar os parlamentares a dar continuidade à investigação. A oposição concentra esforços para alcançar as 32 assinaturas necessárias para instalar uma CPI para investigar o escândalo – até o fechamento desta edição, faltavam duas. “A CPI terá poder de convocar, apurar, detalhar e colocar às claras todas as denúncias”, disse o deputado petista Carlos Grana. Entretanto, o tucano Barros Munhoz não pensa em São Paulo como seus colegas tucanos no Congresso Nacional, sempre ávidos por uma comissão: “Em CPI, no Brasil, mais ninguém acredita. É conversa mole, para enganar”, desdenhou o presidente a Assembleia Legislativa do maior estado da Federação.
Colaborou Tatiana Melim

Como funcionam as emendas
Emendas parlamentares, chamadas tecnicamente pelo governo de indicações, são fatias do orçamento geral do estado que podem ser direcionadas para fins apontados pelos deputados. O mecanismo torna legítima a solicitação dessas fatias para, em tese, atender a uma demanda da base eleitoral do parlamentar. Assim, quando o estado elabora sua peça orçamentária, deve levar em conta que parte dela será destinada a essas indicações – que podem somar no máximo R$ 2 milhões anuais por deputado.
O problema é que desde que esse mecanismo foi criado no estado, em 2006, os deputados que compõem a oposição cobram um reparo na lei, de modo que todo o processo, a partir da indicação pelo deputado até o uso efetivo da verba na outra ponta, seja transparente. Os governadores sempre vetaram esse procedimento. Devido a pressões, sobretudo após as recentes denúncias, o Executivo resolveu ceder. A partir de 2011, toda emenda indicada para o ano seguinte deve constar previamente no Orçamento, com informações sobre valor, objeto, local de destinação. Após a polêmica, aliás, muitos deputados, da base e da oposição, passaram a defender o fim das emendas parlamentares.
Transparência não é o forte da Alesp. A sociedade não tem acesso sequer a dados sobre a gestão da casa, como gastos com pessoal, fornecedores e despesas dos gabinetes, por exemplo. Na contramão do projeto de lei federal recentemente aprovado para assegurar o acesso público a informações, a mesa diretora da Casa, presidida por Barros Munhoz, baixou um dispositivo para manter a caixa-preta fechada, criando empecilhos burocráticos para dificultar, retardar ou inviabilizar o atendimento a solicitações de informação. Afinal, se dá para complicar, para que simplificar?


Líder comunitária tucana descreve o esquema

 Terezinha: “Barbiere não mentiu. Só acho que  a porcentagem é maior” (foto: © Raoni Scandiuzzi)
A líder comunitária Tereza Barbosa, de 59 anos, coordena uma instituição que atende crianças no bairro Campo Grande, na zona sul da capital. Ela confirmou a denúncia do deputado Major Olímpio à reportagem e detalhou o esquema. “Entrei em vários gabinetes e eles diziam assim: ‘Olha, eu dou o dinheiro para a senhora, mas a senhora me devolve a metade, para uma entidade minha, que não tem documentação’”.
Sem revelar nomes, ela ainda descreveu outra conversa. “Um prefeito me contou uma vez que eles dão a verba para a prefeitura, mas quem contrata as empresas para fazer a obra é o próprio deputado, e a construtora passa os 40% para ele. Por isso que a gente vê toda hora essas obras malfeitas. Uma vez fui reclamar com uma construtora da Cidade Ademar e o dono me falou: ‘Senhora, a gente não pode fazer nada com material de primeira, porque a gente precisa devolver o dinheiro que chega pra gente’.”
Dona Terezinha não revela nomes por medo de sofrer represálias. Mas dá pistas. “Existe esquema em vários partidos, quase todos ali, do partido do Alckmin e de aliados, PSDB, PTB, PDT. Eu não cheguei a ir no PT, porque sou uma pessoa que foi sempre apaixonada pelo PSDB”, disse. Por experiência própria, afirma que Roque Barbiere falou a verdade. “Ele não mentiu, não. Só acho que a porcentagem é maior do que ele disse. Eu colocaria que uns 40% a 45% dos deputados vendem emenda.”
A líder comunitária confirmou que iria ao Conselho de Ética caso fosse convidada. Como a apuração por meio do conselho já estava sepultada, o promotor Carlos Cardoso quer ouvi-la. “Vou ouvir a dona Terezinha com toda a discrição possível, deixá-la muito à vontade para o que eventualmente tenha de concreto para relatar, e a partir desse relato vou verificar o que podemos fazer”, observou. Sobre o temor dela de identificar nomes, Cardoso contou que trabalhou durante sete anos no programa de proteção a testemunhas e vítimas ameaçadas e assegurou que saberá como lidar com o caso.
“Deus vai fazer aparecer os culpados, e isso vai servir de exemplo para os 50% que não são culpados. Eu estou entregando tudo isso para Deus”, disse Terezinha.
Leia a entrevista completa do deputado Roque Barbiere em: 
Autor das denúncias de venda de emendas cogita deixar base de Alckmin

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Sem limites para a inclusão


Artigo publicado no jornal O TEMPO, em 26 de novembro de 2011
Por José Dirceu
Terça-feira, 29 de novembro de 2011

Os adversários do PT não admitem o compromisso que nossos governos têm com a população. Passaram uma longa temporada no poder e, embora tivessem oportunidade, dividiram o tempo com questões paroquiais ou em dar atenção àqueles que não precisam do poder público para viver.

Por isso, deve lhes ter doído quando a presidente Dilma Rousseff lançou o "Viver sem Limite: Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência", programa que prevê ações integradas em educação, saúde, inclusão social e acessibilidade.

Os números são ambiciosos, mas factíveis. O governo federal planeja gastar R$ 7,6 bilhões até 2014 para implementar e ampliar benefícios às pessoas portadoras de necessidades especiais. A coordenação do programa será da companheira Maria do Rosário, pois ficará sob o guarda-chuva da Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Uma tarefa que somente os corajosos são capazes de assumir: integrar as ações de 15 ministérios não é fácil.

A emoção de Dilma, no lançamento do "Viver sem Limites", é a mesma daquelas famílias que, finalmente, são enxergadas pelo poder público. Uma mostra de que ainda temos muito o que avançar neste país.

Na educação, a proposta é ampliar o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que paga um salário mínimo mensal a pessoas com deficiência. A inclusão social garantirá que o beneficiário do BPC possa voltar a receber a verba após a saída do emprego.

Mais: o governo trabalhará para aumentar de 229 mil para 378 mil o número de crianças e adolescentes com necessidades especiais nas escolas. E também comprará 2.600 ônibus para transporte escolar para 60 mil alunos, que terão garantidas 5% das vagas nos cursos oferecidos pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), ou seja, 150 mil.

Na saúde, haverá a inclusão de dois novos exames no teste do pezinho, que até 2014 estará totalmente implantado nas unidades de saúde. O governo prevê criar também um sistema nacional de monitoramento e busca ativa da triagem neonatal. A essas duas medidas, somam-se a ampliação e a qualificação da rede de reabilitação do SUS. Na área de acessibilidade, a proposta é construir 1,2 milhão de moradias adaptáveis, com kits específicos para a deficiência do morador.

É possível que o "Viver sem Limite" seja considerado um programa lançado a propósito dos dados levantados pelo Censo 2010, do IBGE - que apurou serem no Brasil 45,6 milhões as pessoas que têm algum tipo de deficiência (23,91% da população). Mas a verdade é que, há tempos, são discutidas, seja nas administrações do PT ou nos debates do partido, propostas para tirar esses brasileiros da condição de excluídos.

Com o "Viver sem Limites", Dilma põe em prática algo que não ficará na dependência de medidas adicionais para ser executado. Afinal, passou o tempo dos governos nos quais os programas funcionavam maravilhosamente apenas no papel e no discurso. Hoje, definitivamente, vivemos uma nova era.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Imprensa Americana destaca perfil de Dilma e elogia economia brasileira



O perfil da presidente Dilma Rousseff será tema de uma reportagem da revista norte-americana "The New Yorker" que circula na edição do dia 5 de dezembro. Em prévia divulgada no site da revista, a publicação mostra que a análise partirá, principalmente, do momento econômico positivo que o Brasil passa, em comparação à economia mundial, para mostrar quem é a presidente.
Sob o título de "The Anointed", a ungida, na tradução literal, remete os feitos de Dilma ao trabalho de seu padrinho e antecessor político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A reportagem trará fatos da história recente do país, como a ascensão de parte da classe baixa à média em 2010.
Depois analisa que o país era "antes um dos mais ignorantes e de economia instável" e hoje vive um momento de crescimento, baixo endividamento, equilíbrio orçamentário e emprego pleno. 
A revista afirma ainda, que o Brasil tem uma inflação baixa.
Em tom crítico, detalha que o Brasil é, "caoticamente democrático", e tem uma imprensa livre, mas que opera de maneiras condicionadas.
Segundo o site, entre os grandes poderes econômicos, o Brasil alcançou algo raro: "alto crescimento, a liberdade política e a diminuição da desigualdade". Nesse contexto, aponta que a força do governo é "Dilma Rousseff".

HISTÓRIA
A reportagem narra a história de Dilma, relatando que, em 2010, Lula a ungiu como sucessora. E que a presidente, agora com 63 anos, era um estudante universitária durante o golpe de 1964 que estabeleceu a ditadura militar no Brasil (1964-1985). Naquele período, ela "rapidamente se radicalizou".
O texto conta que no final dos anos 1960, Dilma foi casada com um militante de oposição à ditadura, Cláudio Galeno Linhares, com quem viveu na clandestinidade, armazenou e transportou armas, bombas e dinheiro roubado, além de planejar e executar ações. Depois, deixou Linhares para se casar com Carlos Araújo.
No início de 1970, após ser presa pelos militares, passou três anos na prisão, onde ela teria sido submetido "a tortura extensiva". Segundo a revista, Dilma insiste que nunca esteve pessoalmente envolvida em ações violentas durante seus dias de militante.
Depois de liberada, ela se pós-graduou em economia, se filiou ao PDT e logo começou a trabalhar em cargos de governo em Porto Alegre.
Quando presidente, Lula se reuniu com Dilma e "de tão impressionado que ficou, a nomeou ministra de Minas e Energia".
E finaliza falando de corrupção: "Mesmo com os numerosos escândalos que têm assolado a administração de Dilma, ninguém acredita que ela seja corrupta".
Reprodução

Veja no Site do The New Yorker : http://www.newyorker.com/reporting/2011/12/05/111205fa_fact_lemann

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Minas e Energia afirma que Belo Monte será exemplo de respeito ao meio ambiente


Usina de Belo Monte, Gigante de Concreto Rasgando o Coração da Amazônia
A usina hidrelétrica de Belo Monte, em construção no rio Xingu, “será um exemplo para o mundo, não apenas como um colosso da moderna engenharia, mas principalmente como um modelo de desenvolvimento sustentável, com respeito absoluto ao meio ambiente e às populações estabelecidas no seu entorno”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ao participar, na manhã desta segunda-feira (21), em São Paulo, do IV Fórum Exame de Energia, organizado pela editora Abril e pela revista Exame. 
Segundo o ministro, a usina, que terá capacidade de geração de 11 mil megawatts, tem sido injustamente combatida.
Convidado a falar para empresários, especialistas, , representantes do governo e formadores de opinião pública, reunidos no evento, o ministro de Minas e Energia defendeu o modelo energético adotado pelo País em 2003. Em quinze anos, explicou ele, será preciso dobrar a capacidade instalada de geração, para atender à demanda gerada pela expansão do consumo, que, afirma, será de 5% ao ano. “Essa é uma realidade inescapável”, afirmou o ministro.
Para os próximos anos, os investimentos do País na produção de energia elétrica são da ordem de R$ 214 bilhões, e parte do montante será para usinas já autorizadas. Lobão confirmou que, ainda este ano, entram em operação as primeiras máquinas das usinas hidrelétricas de Santo Antonio, no rio Madeira, e a de Estreito, no Rio Tocantins.
No encontro, o ministro defendeu enfaticamente a construção de hidrelétricas, “uma fonte de energia limpa e renovável”, ao mesmo tempo em que anunciou investimentos em produção a partir das fontes eólica, solar e a proveniente da biomassa.
O ministro afirmou, ainda, que em 2020, o Brasil terá economizado, com programas de eficiência, o correspondente à metade do atual consumo de energia da região Norte ou o equivalente à geração das usinas de Santo Antonio e Jirau, que exigiram investimentos da ordem de R$ 29 bilhões.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Filiados escolherão candidato petista à Prefeitura através do voto no dia 27/11


No dia 27/11 acontece o processo de eleição prévia no Partido dos Trabalhadores de Sorocaba para decidir quem será o representante petista na disputa para a Prefeitura nas eleições de 2012.
O processo acontece na sede do Diretório Municipal, à rua Capitão Manoel Januário, no 289, tendo início às 9h e encerramento às 17h.
Para participar da eleição prévia é preciso ter se filiado ao Partido, pelo menos, desde 27 de novembro de 2010, ou seja, é preciso estar filiado há pelo menos um ano.
Também é necessário estar em dia com a contribuição financeira ao Partido, sendo que a mesma pode ser quitada no dia da eleição.
O filiado deve portar também um documento com fotografia. Mais informações na sede do PT de Sorocaba ou pelo telefone (15) 3329-3007.
CONHEÇA OS CANDIDATOS
Iara Bernardi
No cenário posto para as eleições de 2012, mais uma vez o PT buscará o debate franco e direto entre dois modelos distintos de administração: o modo petista e o neoliberal, representado pelas duas candidaturas da direita para o próximo ano.
A última pesquisa CNI/IBOPE demonstra tendência de opção pelo PT. A presidenta Dilma e seu governo têm alcançado ótimos números. Para a disputa local, a opção pela candidatura da companheira Iara reserva importantes semelhanças com o perfil da presidenta Dilma, já que, além de serem mulheres com bom histórico de lutas, também guardam a característica de terem construído um diálogo com os setores médios da sociedade. E isso em um município com as características de Sorocaba representa muito.
A trajetória política de Iara teve início em 1978, quando ajudou a fundar o Comitê Brasileiro pela Anistia (CBA), que lutou pela volta dos exilados políticos ao Brasil. Neste mesmo ano, participou da fundação da Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP) e da primeira greve da categoria.
Em 1983, Iara foi a primeira mulher a tomar posse na Câmara dos Vereadores e permaneceu na Câmara durante três mandatos (14 anos). Em 1996, candidatou-se à Prefeitura pelo PT, teve 43.659 votos e quase foi para o segundo turno. Em 1998 foi eleita deputada federal com 51.218 votos e reeleita em 2002 com 166.118, sendo a mais votada em toda a região de Sorocaba.
Como deputada, integrou comissões na Câmara dos Deputados. Foi vice-líder do PT e membro da Comissão de Educação e Cultura, da Comissão Especial que discute o Estatuto da Mulher e presidenta da Comissão que discutiu a competência das Guardas Municipais. Também teve presença marcante no grupo de trabalho que examinou o projeto de decreto legislativo nº 383/01, a respeito da organização do ensino superior e do Prouni. Como deputada, levou muito a sério as questões de gênero e educação, tanto que foi coordenadora da Bancada Feminina do Congresso Nacional, da Frente Parlamentar para a Livre Expressão Sexual e do Núcleo de Educação do PT. Em novembro de 2005, foi eleita relatora da Proposta de Emenda à Constituição do Fundeb - Fundo de Manutenção da Educação Básica.
Dentre as propostas apresentadas por seu mandato como deputada, destacam-se: o projeto que tornou crime o assédio sexual (Lei nº 10.224, de 2001), o que deu origem à Lei nº 11.106/2005, que prevê a alteração e retirada de termos preconceituosos no Código Penal brasileiro, como 'mulher honesta' e 'mulher virgem', além da extinção de alguns outros artigos, como o que considerava crime o adultério, apresentou ainda o PL 122 que tem por objetivo criminalizar a homofobia.
Quando esteve na Câmara dos Deputados, Iara trouxe para a região mais de R$ 10 milhões em recursos provenientes de suas emendas ao Orçamento, que resultaram em importantes projetos e melhorias em diversas áreas, especialmente saúde e infraestrutura urbana. Depois de seis anos de muita luta, a parlamentar viu um grande sonho tornar-se realidade: a instalação do ensino superior federal na região de Sorocaba. Desde 1999, Iara esteve à frente desta luta, articulando esta ação junto ao Ministério da Educação. A vitória concretizou-se em agosto de 2005 com a cerimônia oficial de instalação de um campus avançados da UFSCar - Universidade Federal de São Carlos.
Iara também representou o Ministério da Educação no Estado de São Paulo por três anos, levando as políticas sobre educação do Governo Lula para todo estado, entre elas, a expansão das Universidades Federais e instalação dos Institutos Técnicos Federais, contemplando varias cidades da região, como Salto, São Roque, Boituva, e Itapetininga além de creches do programa Pró-Infância em todo o nosso Estado.
O Brasil é outro, Sorocaba pode ser outra
Hoje vivemos outro momento histórico no país. Com a eleição da primeira mulher presidenta do país, revelou-se um novo cenário. É importante, então, apresentar nas eleições de 2012, algo diferente e realmente inovador, que empolgue a militância petista e que parta de um bom patamar de intenção de votos, de forma a consolidar o PT como alternativa de poder, além de manter um bom diálogo com os setores médios da sociedade.
Numa disputa em 2010, porém num cenário diferente, é válido destacar o desempenho dos possíveis "prefeitáveis" em 2012. Numa situação totalmente desigual a companheira Iara demonstrou força, o que legitima sua viabilidade eleitoral e aponta um cenário promissor para 2012.
Candidato
Partido
Votação Nominal
Qt Votos Válidos
% Votos Válidos
 
 
IARA BERNARDI
PT
38.507
306.455
12,565
 
RENATO FAUVEL AMARY
PSDB
47.445
306.455
15,482
 
ANTONIO CARLOS PANNUNZIO
PSDB
38.505
306.455
12,565
 
Portanto, a companheira Iara demonstra na atual conjuntura uma viabilidade eleitoral pré-definida para o cenário eleitoral e parte também da construção do novo para Sorocaba, pois representa, na questão do projeto político, um modelo inovador de gestão pública, e não apenas a personalização do novo.
Paulinho Estausia
Paulinho tem compromisso e experiência comprovada por sua trajetória de luta. É militante e líder sindical, formado em Direito e professor de artes marciais. Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes por Terra, Mar e Ar da CUT e do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região. No governo Lula contribuiu para os debates e soluções para o desenvolvimento justo e sustentável dos municípios como conselheiro do Conselho Nacional do Ministério das Cidades.
Nossa candidatura é fruto de uma profunda avaliação do PT e de seu desempenho nas eleições majoritárias e proporcionais em Sorocaba. Em todas as campanhas, independente do que as pesquisas apontavam no início do processo eleitoral, perdemos todas as disputas. Reduzimos nossos votos de legenda, nossa bancada e nossa influência política na cidade.
Felizmente, não é essa a realidade geral do partido: o PT cresceu e se consolidou nacionalmente. Como principal partido dos governos Lula e Dilma, ganhou respeito internacional e está ajudando a transformar o Brasil num país justo e igualitário.
O nosso compromisso é fortalecer o PT e a militância em Sorocaba, pôr fim ao ciclo de derrotas e garantir um governo capaz de proporcionar qualidade de vida para todos.
O PT pode vencer em Sorocaba
Juntos, com a experiência de cada companheiro e companheira, vamos construir um programa de governo capaz de vencer. Conhecemos bem nossa cidade e realmente desejamos e podemos realizar mudanças e avanços necessários.
 Imagem
Queremos o PT forte, unido e estimulado para fazer uma campanha com garra e derrotar os tucanos de ontem e de hoje, com as nossas cores, a nossa luta e o nosso projeto.
É o nosso desejo e de nossa militância ver o PT brilhar em Sorocaba, por isso venha com a gente! Contamos com o seu voto na prévia que irá acontecer na sede do Partido, no dia 27 de novembro.
Vamos construir a nossa vitória. Aguardamos o seu apoio. Entre em contato através do telefone (15) 8146-7842 ou do e-mail: pauloestausia13@gmail.com