quarta-feira, 9 de novembro de 2011

São Paulo SP tem 174 mil na fila por creche


A fila por urna vaga nas creches da rede municipal bateu recorde em setembro. São Paulo tem hoje 174.168 crianças à espera de uma matrícula. O número supera em mais de 15 mil nomes a demanda registrada há quatro anos, até então a maiordagestão Gilberto Kassab (PSD), que prometeu zerar o déficit até o fim de 2012.


A Prefeitura tenta, desde 2008, firmar parcerias com a iniciativa privada para a construção de novas unidades, mas, até agora, só tem assinado convênios com entidades que já oferecem o serviço. Hoje, a administração de 75% das creches é terceirizada. Nesse modelo, o município repassa às entidades um valor mensal por criança atendida e, por isso, não precisa contratar funcionários. E em 70% desses casos o prédio utili zado para abrigar as crianças é particular.

A Secretaria Municipal da Educação diz que adota a fórmula porque tem dificuldades para encontrar terrenos nos bairros com maior procura caso do Grajaú, na zona sul, onde 7.891 crianças estão na fila, a maior da cidade. Na região , a espera passa de um ano e, por isso, as mães apelam às babás comunitárias mulheres que cuidam de até quatro bebês da vizinhança a um preço bem mais em conta que numa creche particular.
São creches clandestinas, que não oferecem segurança aos pais nem são fiscalizadas pela Prefeitura", dizo conselheiro tutelar João Alves, do Grajaú. O problema se repete em toda a cidade. Menos de um mês após o nascimento de Pedro Henrique Mota Ribeiro, de 1 ano e dois meses, a auxiliar deserviços gerais Ro simar de Souza Mota, de 40 anos, o cadastrou para uma vaga, mas ela ainda espera na fila.
A família mora em Santa Cecília, na região central. "Tive de pedir demissão poder cuidar dele", conta. A dificuldade leva muitos pais a procurar a Justiça para garantir o direito dos filhos. A Defensoria Pública é a principal aliada no processo. Segundo o defensor públi co Luiz Rascovski, de 20 a 30 pedidos são registrados por dia no órgão. A maioria das mães relata que não pode trabalhar porque não tem com quem deixar o filho nem como pagar uma creche.

"Posso falar com propriedade que essa demanda só perde, na área cível, para solicitações de medicamentos. Apesar de todos os nossos esforços, as respostas da Prefeitura têm sido sempre negativas. Aí, o jeito é acionar a Justiça. Mas, nos últimos dois anos, as vagas não são abertas nem assim", diz o defensor.
A fila por urna vaga nas creches da rede municipal bateu recorde em setembro. São Paulo tem hoje 174.168 crianças à espera de uma matrícula. O número supera em mais de 15 mil nomes a demanda registrada há quatro anos, até então a maiordagestão Gilberto Kassab (PSD), que prometeu zerar o déficit até o fim de 2012.

A fila é resultado de uma série de projetos malsucedidos que, se executados, poderiam ter elevado a oferta de vagas na cidade. A Prefeitura tenta, desde 2008, firmar parcerias com a iniciativa privada para a construção de novas unidades, mas, até agora, só tem assinado convênios com entidades que já oferecem o serviço. Hoje, a administração de 75% das creches é terceirizada. Nesse modelo, o município repassa às entidades um valor mensal por criança atendida e, por isso, não precisa contratar funcionários. E em 70% desses casos o prédio utili zado para abrigar as crianças é particular.

A Secretaria Municipal da Educação diz que adota a fórmula porque tem dificuldades para encontrar terrenos nos bairros com maior procura caso do Grajaú, na zona sul, onde 7.891 crianças estão na fila, a maior da cidade. Na região , a espera passa de um ano e, por isso, as mães apelam às babás comunitárias mulheres que cuidam de até quatro bebês da vizinhança a um preço bem mais em conta que numa creche particular.
São creches clandestinas, que não oferecem segurança aos pais nem são fiscalizadas pela Prefeitura", dizo conselheiro tutelar João Alves, do Grajaú. O problema se repete em toda a cidade. Menos de um mês após o nascimento de Pedro Henrique Mota Ribeiro, de 1 ano e dois meses, a auxiliar deserviços gerais Ro simar de Souza Mota, de 40 anos, o cadastrou para uma vaga, mas ela ainda espera na fila.
A família mora em Santa Cecília, na região central. "Tive de pedir demissão poder cuidar dele", conta. A dificuldade leva muitos pais a procurar a Justiça para garantir o direito dos filhos. A Defensoria Pública é a principal aliada no processo. Segundo o defensor públi co Luiz Rascovski, de 20 a 30 pedidos são registrados por dia no órgão. A maioria das mães relata que não pode trabalhar porque não tem com quem deixar o filho nem como pagar uma creche.

"Posso falar com propriedade que essa demanda só perde, na área cível, para solicitações de medicamentos. Apesar de todos os nossos esforços, as respostas da Prefeitura têm sido sempre negativas. Aí, o jeito é acionar a Justiça. Mas, nos últimos dois anos, as vagas não são abertas nem assim", diz o defensor.

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