quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Vereador Julio Mariano informa: Caixa Econômica Federal não financiará mais construções em bairros sem rede de água e esgoto





Edil afirma que vem se empenhando na resolução do problema do Saneamento Básico no Município
Com o crescente aumento das mensalidades dos planos de saúde, o número de pessoas que possuem convênios médicos vem diminuindo gradativamente. Com isso, cada vez mais a população brasileira recorre aos serviços do SUS (Serviço Único de Saúde), sobrecarregando o sistema e exigindo dos municípios cada vez mais recursos para a saúde.

Sabe-se que na saúde a prevenção é uma arma poderosa, tanto para salvar vidas como para poupar a saúde dos cofres públicos. O Governo Federal tendo conhecimento, criou o Programa de Saúde Familiar o PSF, que consiste em equipes médicas instaladas em postos de saúdes, que visitam regularmente os pacientes em suas casas acompanhando o seu dia a dia, prevendo as conseqüências, que o seu quadro clínico pode lhe causar. Em São Roque temos PSF no Bairro do Carmo e no Saboó. Sabemos que além de estar sobrecarregado, o sistema SUS, não têm oferecido um serviço a contento. Basta ver as dificuldades que se encontra para acharmos leito de UTI nas emergências e a demora em se conseguir certas cirurgias. Por outro lado temos municípios em que o sistema SUS tem oferecido um serviço melhor que muitos planos de saúde particulares. Este é o reflexo das condições que se encontra a saúde de nosso país: “está praticamente na UTI”.

Outro ponto relevante para a prevenção das doenças são as condições do meio ambiente do local onde as pessoas vivem. Oferecer água tratada e deixar de jogar os resíduos sanitários nos rios são fatores primordiais para prevenirmos o aparecimento de várias doenças que ocorrem em nosso país e no mundo. Estudos mostram que a cada “um real” aplicado em saneamento básico, se economiza quatro reais na saúde.

Em dois mil e oito a comunidade da Vila Dique, em Porto Alegre, que despejava seus esgotos domésticos num córrego o deixou de fazer, pois todos foram transferidos para um novo bairro provido de rede de água e esgotos.

Recentemente constatou-se que as pessoas que ali residiam e que antes possuíam algum tipo de doença o número de casos reduziu de 19% para 8% (menos da metade).

As hospitalizações diminuíram 75%. Os casos de leptospirose e hepatite também baixaram de forma significativa. É sabido que a mortalidade infantil está diretamente ligada à qualidade da água oferecida a criança. É uma constatação que investir em saneamento básico oferecendo água e esgoto tratado, reduz os gastos com saúde.

Não dá mais para ignorar, é necessário que os governantes em todas as esferas, insistam nos investimentos em saneamento.

Preocupado com isto o Governo Federal tomou uma iniciativa inovadora, na ultima semana a Caixa Econômica Federal (CEF) anunciou que a partir deste mês não mais financiará a construção de casas em bairros sem redes de água e esgotos. “Desde setembro de dois mil e nove o contrato com a empresa Sabesp que é responsável pelo saneamento básico de nosso município está vencido. Sabemos que em trinta anos de contrato, São Roque não tratou de um único metro cúbico de esgoto. Como vereador tenho me empenhado para que se defina logo a situação do saneamento na cidade. Fizemos audiência publica, reuniões com os representantes da Sabesp, recentemente com a comissão da Prefeitura que está acompanhando a criação do Plano de Saneamento Básico, analisamos propostas de outras empresas e até mesmo de outros municípios em que a Sabesp renovou. Porém ao meu ver, o contrato não satisfaz nossas necessidades. Não dá para deixar locais de nosso município, como o Carmo e São João Novo sem benfeitoria até dois mil e vinte e oito, não dá para aceitar o contrato com as propostas que estão sendo oferecidas. Enquanto isso, iniciativas como esta da CEF que ao meu ver é louvável, por outro lado limitará as pessoas que não possuem recursos financeiros para adquirirem terrenos em bairros que possuam a infra-estrutura requerida, deixando-os sem a retaguarda do financiamento. O poder público cobra e é obrigação dos nossos governantes providenciar a devida adequação, pois não estamos mas na época em que quem tem que pagar o pato é o povo,” finalizou o Vereador Julio Mariano.

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