Publicado em 05-Jul-2011 no site: Zé Dirceu.
Embora tenha autoridade para fazê-lo, dessa vez nem é o governo que faz as últimas projeções sobre o desenvolvimento futuro do Brasil. Promotor de um seminário sobre a América Latina, realizado em Santander (interior da Espanha), o banco de mesmo nome divulgou estudos de seu Departamento Econômico, pelos quais em 2025 o Brasil (então com um PIB de US$ 4,9 trilhões) será a 6ª economia mundial, atrás da China, Estados Unidos, Índia, Japão e Rússia.
Melhor ainda: estes estudos indicam que a continuidade nos próximos anos do crescimento econômico e da expansão da classe média alçarão o Brasil a um patamar social próximo ao das grandes potências mundiais, e em breve nosso país terá menos pobres que os EUA.
Estudo prevê: país cresce em 2011 e 2012
"Em poucos anos, o Brasil terá menos pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza que os EUA", afirmou Marcial Portela, presidente do Santander no Brasil ao divulgar as projeções do estudo aos jornalistas.
Elas indicam que o crescimento brasileiro este ano será de 3,7% e em 2012 de 4% - índice pouco inferior aos 4,5% estimados para os dois anos pelas autoridades econômicas brasileiras. Esse estudo do Santander prevê uma inflação de 6,2% este ano e de 5,1% no ano que vem.
"As taxas de crescimento no Brasil devem garantir o fortalecimento da classe C. O fenômeno da classe média brasileira é impressionante. O país deve ter um ingresso de 25 milhões de pessoas no sistema bancário nos próximos anos, advindas dessas camadas de renda mais baixas", completou Portela.
Segundo José Juan Ruiz, diretor do Santander para a América, por estes estudos, e a prosseguirem no ritmo atual, os países emergentes deverão superar taxas de crescimento de vários desenvolvidos daqui a quatro anos, já em 2015.
Brasil Sem Miséria começa com marca histórica
A divulgação dos estudos do Santander coincide com o anúncio, pelo governo federal, de que inicia, pelo interior da Bahia e de Minas, o censo de pequenos proprietários rurais que ainda vivam em situação de absoluta carência para torná-los beneficiários do Brasil Sem Miséria, o programa do governo Dilma Rousseff que vai contemplar 16,2 milhões de pessoas.
Vejam que no deslanche do programa há até uma inversão histórica no Brasil: antes era a população mais carente que recorria ao Estado. Agora é este que vai ao encontro dela para cadastrá-la, torná-la beneficiária de projetos sociais e incluí-la nos programas de distribuição de renda.
Foto: Wilson Dias/ ABr
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